Iniciativas que giram em torno de ideias inovadoras e possuem um modelo de negócios escalável, as startups ganham espaço no Brasil e entram na mira de investidores. Segundo um balanço recente da Cortex, há 11.562 startups ativas no país. O segmento de Tecnologia da Informação (28%) ocupa o primeiro lugar dentre as áreas de atuação, seguido pelo setor de Serviços (22%), Varejo (16%), Indústria (11%) e Financeiro (6%).
O levantamento mostra que o estado de São Paulo tem a maior concentração de startups brasileiras (49,7%), seguido por Minas Gerais (8%) e Rio de Janeiro (8%). Juntos, os estados da região Sul concentram 22% das startups do país, enquanto o Nordeste detém 5,6% das iniciativas do gênero.
Nos nove primeiros meses de 2021, o investimento em startups no país chegou a US$ 662,1 milhões (R$ 3,424 bilhões), o maior volume desde 2000, conforme publicado pelo MIT Technology Review Brasil.
Peter Seiffert, founder e CEO da Valetec Capital, gestora de investimentos em participações, observa que o papel das startups é promover a inovação e a criação de soluções eficientes em cada área de atuação. “Para empresas tradicionais, o caminho é acompanhar essa transformação e aproveitar o que essas novas organizações podem oferecer para contribuir com o mercado”.
Seiffert destaca que as empresas menores apresentam mais agilidade e ousadia e podem ensinar às grandes corporações algumas lições de inovação que podem mudar indústrias inteiras. “Isso significa que a inovação precisa estar na mentalidade do líder e no cotidiano de toda empresa, seja ela de qual tamanho for”.
CVC: modalidade de investimento ganha destaque
De acordo com Seiffert, há diversas alternativas para quem busca investir em startups no país. “O investimento por meio de uma aceleradora é uma boa opção para uma startup em seu estágio inicial, já que esse tipo de organização oferece muito mais do que o simples apoio financeiro”, afirma.
Além disso, prossegue, é possível investir em uma startup como um investidor-anjo, capital semente e private equity. Para o founder e CEO da Valetec Capital, os fundos de CVC (Corporate Venture Capitals, na sigla em inglês - Capital de Risco Corporativo, em português) estão entre as principais opções para investir em uma startup.
Entre janeiro e julho de 2022, o volume de aportes de fundos de CVC no país chegou a US$ 622 milhões (R$ 3217,05 milhões), valor três vezes maior do que o registrado em 2020, conforme dados do estudo Corporate Venture Capital Report 2021. A nível mundial, os investimentos já são de cerca de US$ 80 bilhões (R$ 413,77 bilhões).
Ao longo de vinte anos, o Brasil recebeu 162 rodadas de investimento envolvendo CVCs - 212, quando consideradas as rodadas sem valores revelados -, um total de US$ 1,3 bilhão (R$ 6,72 bilhões).
Para mais informações, basta acessar: http://www.valelec.com.br/