Em pronunciamento nesta terça-feira (4), o senador Carlos Portinho (PL-RJ) lamentou o crescente percentual de abstenção nas eleições. Ele destacou a necessidade de haver uma comunicação para que até os eleitores mais “incrédulos com a política” sejam motivados a votar.
O parlamentar registrou que no Estado do Rio, especialmente na capital e na Baixada Fluminense, os eleitores levaram duas horas em média para exercer o direito de voto. Na opinião dele, muitos desistiram de votar ao olhar o tamanho das filas. “Não foi o gosto ou o desgosto por um ou outro candidato ou pela política”, disse.
— E o Tribunal Regional Eleitoral do Rio, que sempre foi muito dedicado a isso, nessas eleições, é preciso que faça a autocrítica. Inclusive, tenho dito isto: o Poder Judiciário, como todos os Poderes, precisa fazer a sua autocrítica. Só assim nós podemos melhorar os processos e o fluxo — afirmou Portinho.
O senador lamentou ainda o papel das pesquisas eleitorais que, segundo ele, não beneficia ou prejudica um ou outro candidato, mas induz o voto do eleitor. Para o parlamentar, o voto útil que foi buscado a partir de pesquisas “mal realizadas”, induziram o voto útil num momento em que era a hora do eleitor escolher “aquele que ele prefere, não aquele que ele menos gosta e isso alterou o resultado”.
— Com todas as vênias aos meus colegas do PT, não fosse a propaganda do voto útil, ouso dizer, o candidato da oposição não terminaria na frente, porque o primeiro a pular o voto útil para o lado de lá foram justamente os eleitores que estavam alinhados com Ciro Gomes, com Simone Tebet, com Soraya, com Luiz Felipe D’Avila, talvez menos, mas que preferiram seguir a ordem, o comando da extrema imprensa e do consórcio para o voto útil. E, por isso, o presidente, o ex-presidente Lula chegou na frente, não o contrário do que eu tenho visto por aí, não o contrário — afirmou.