A tecnologia pode beneficiar diferentes segmentos da economia e da vida das pessoas. Na produção de alimentos não é diferente. O uso de aplicativos inteligentes, drones, maquinário, entre uma série de inovações, pode proporcionar maior produtividade e gerar receitas com maior rentabilidade. A tecnologia permite que o produtor tenha condições financeiras para aplicar melhores práticas no cuidado da terra e no manejo da produção, inclusive adquirindo insumos agrícolas de melhor qualidade.
“Essa evolução chegou para transformar e elevar a vida do homem do campo, em absolutamente todos os aspectos: da produção à comercialização, passando por toda a administração do negócio. Quem ficar de fora certamente terá muito mais dificuldades de manter e desenvolver seu negócio”, afirma Sérgio Tavares de Oliveira, fundador e CEO da agrotech Campolink, plataforma digital de compra e venda de produtos rurais sem intermediários.
A adoção da tecnologia no campo é maior nas regiões Sul e Centro-Oeste do Brasil, onde estão concentrados os grandes produtores de commodities, como soja. Naturalmente há maior facilidade de adesão às inovações neste público. “No entanto, os produtores de frutas, legumes e verduras (FLV) são extremamente interessados em conhecer as novidades para comercialização com mais segurança e maior rentabilidade. São pessoas que buscam ferramentas e caminhos para a prosperidade”, explica Oliveira.
Ele defende que a tecnologia pode auxiliar esses pequenos produtores a aumentar sua produtividade, com mais segurança, acompanhamento e solução de conflitos nas entregas e administração financeira na retaguarda e pós-venda. É neste cenário que entra a Campolink. O fundador da plataforma pesquisou durante quatro anos as principais dores do mercado de FLV no Brasil, junto a produtores, CEASAS e atacadistas para criar a ferramenta.
A agrotech foi lançada em março deste ano para facilitar o contato entre pequenos e médios produtores rurais e os atacadistas, sem intermediários, por meio de um aplicativo. A startup já está presente em quatro das principais Centrais de Abastecimento – CEASAS – do país: Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Campinas e São Paulo. Para incrementar seus negócios, o produtor rural que trabalha com pequenas quantidades pode se unir a outros produtores, a fim de formar uma carga completa a ser transportada pelos caminhoneiros.
Sérgio lembra que uma das questões que a ferramenta busca solucionar é a inadimplência e a dificuldade para recuperar recebíveis. “Temos uma equipe que vai até os locais para conferir o recebimento da carga pelos atacadistas, verificando perdas e faltas, evitando eventuais conflitos neste aspecto. Além disso, temos parceria com uma empresa de cobrança, o que evita a inadimplência e faz com que possamos cobrar recebíveis pendentes. Muitos produtores não contam com essa comodidade, ficando sem receber”, esclarece.
A Campolink lançou também o Programa de Abastecimento Territorial, que visa atuar de forma local. O sistema já está em funcionamento no Sul da Bahia, em Teixeira de Freitas. “Os volumes e as operações unitárias são menores, o tráfego e modalidade de transporte são mais curtos. Desde a análise de cadastro, até a concretização financeira; as necessidades e operações são mais ágeis, com toda segurança das demais operações de grandes volumes”, explica Oliveira.
Para utilizar o aplicativo, basta que produtores e atacadistas preencham um pequeno cadastro. O produtor, então, pode realizar toda a negociação, a partir da oferta de seus produtos, e ser procurado diretamente por atacadistas. O acesso ao aplicativo é gratuito para todos os agentes. O produtor paga uma pequena comissão sobre o valor líquido recebido nas vendas.
O app está disponível na Play Store e na Apple Store. Para saber mais, acesse: https://campolink.com/
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