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Biblioteca do Ouro chega para inovar o comércio do metal precioso no Brasil

Amostras do metal oriundas de diversas regiões do Brasil e América Latina contribuirão para identificar a procedência do ouro comercializado

17/10/2022 às 17h25
Por: Nathaly Guimarães Fonte: Agência Dino
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Com objetivo de modernizar e dar credibilidade para o comércio do ouro no país, a Ouroteca, novidade criada pela Diretoria Técnico-Científica da Polícia Federal em Brasília, é uma espécie de biblioteca que vai juntar variedades de ouro que existem no Brasil e outros países da América do Sul.

A PF irá conseguir mapear a origem do metal apreendido, evitar a extração ilegal e auxiliar durante as investigações. Além disso, com a Biblioteca do Ouro, os dados são obtidos com a utilização de reagentes, microscópios e por um aparelho de raio-x, que possibilita a revelação da forma dos grãos e a composição dos minerais que formam a liga, mostrando que mesmo depois da purificação e da fundição em barra, sua identidade pode ser preservada.

Carlos Henrique, diretor-executivo da OM DTVM “Ourominas", diz que a Ouroteca se destaca como um avanço, sem precedentes, na história da mineração e combate à extração ilegal de ouro. Ele ainda completa, “Sem dúvidas, a inovação da Polícia Federal contribuirá para com o combate do crime na raiz e, claro, possibilitará uma evolução no processo de fiscalização dos garimpos e mineração por parte da Agência Nacional de Mineração".

Por meio da “Biblioteca do Ouro” será possível determinar se o metal precioso veio do fundo de um rio ou se foi retirado de uma rocha, por exemplo. Também é possível identificar se é uma joia reaproveitada ou original, pois há características químicas únicas do lugar onde o metal estava na natureza. Dessa forma, a Polícia consegue analisar uma amostra e a partir disso, saber o local onde ele foi extraído e se o processo foi realizado em um garimpo ou numa mineração industrial.

Outros países
A Ouroteca também deve reunir também amostras de outros países da América Latina, já que o metal precioso não possui "carteira de identidade", assim, serve como auxílio na hora de esclarecer a extração ilegal que alimenta o crime organizado; a lavagem de dinheiro, tráfico de pessoas e trabalho escravo.

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