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Senado manifesta solidariedade a Seu Jorge
O Senado aprovou nesta terça-feira (18) voto de solidariedade ao cantor Jorge Mário da Silva, conhecido por Seu Jorge, vítima de manifestação racis...
18/10/2022 18h45
Por: Nathaly Guimarães Fonte: Agência Senado
O pedido foi feito pelo senador Paulo Paim - Roque de Sá/Agência Senado

O Senado aprovou nesta terça-feira (18) voto de solidariedade ao cantor Jorge Mário da Silva, conhecido por Seu Jorge, vítima de manifestação racista durante show realizado em Porto Alegre no último dia 14.

De acordo com o senador Paulo Paim (PT-RS), autor do voto de solidariedade, a manifestação racista ocorreu durante show realizado no Clube Grêmio Náutico União, quando parte do público presente gritou ofensas depois que Seu Jorge convidou um jovem negro a tocar no palco.

— O racismo não é um ato isolado, ao contrário, o racismo é uma prática diária incrustada, infelizmente, na sociedade brasileira, e isso assola, atrasa o desenvolvimento do nosso pais. Passados mais de 130 anos da abolição da escravatura, estamos vendo aí que a população negra ainda convive dia e noite com a dor de ser ofendida por algumas pessoas que se sentem superiores em razão da cor da pele. Mal sabem eles que inferior não é o ofendido, mas é o ofensor, quando manifesta o seu preconceito e sua incapacidade de reconhecer a identidade, a cultura e as contribuições do outro para a formação e o desenvolvimento de seu país — disse Paulo Paim.

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Ao deferir o voto de solidariedade, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, comemorou a iniciativa de Paulo Paim.

— Gostaria de manifestar o nosso mais absoluto repúdio a esse episódio envolvendo o Seu Jorge, que é uma figura querida por todos os brasileiros, esteve recentemente aqui no Congresso Nacional militando em favor de boas causas legislativas. Ser vítima de racismo é algo intolerável para Seu Jorge, para qualquer brasileiro, para qualquer brasileira, para qualquer ser humano. Fico muito feliz de ouvir que esse Senado tem sido transformador na luta contra racismo no Brasil, não só com votos, com ações, com falas, com pronunciamentos, mas com medidas efetivas, com aprovação de projetos que visam mudar essa realidade — concluiu Rodrigo Pacheco.

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