Uma empresa possui diversos objetivos e, para que eles sejam alcançados, é preciso ter profissionais de alta performance que se encaixem com os propósitos da companhia e exerçam seu trabalho da melhor maneira. E para não perder esses talentos para o mercado, é necessário contar com um conjunto de estratégias organizacionais que incentivem essas pessoas a permanecerem.
Os valores de quem busca por uma vaga de emprego mudaram. Atualmente, o salário ou um cargo não é mais um diferencial. É preciso haver match de cultura, de ações de incentivo, de propostas que atendam não só os objetivos profissionais dos colaboradores, mas pessoais também. E proporcionar tudo isso não é uma tarefa fácil, considerando a concorrência tão acirrada de outras empresas que, igualmente, buscam reter seus talentos.
Na busca por oferecer esses diferenciais, as companhias têm buscado alternativas de benefícios que engajem e motivem seus colaboradores. Entre eles, o período sabático vem ganhando espaço no mundo todo.
De acordo com o relatório "Como a força de trabalho aprende" divulgado pela Degreed, esse tipo de programa traz três vantagens para a empresa: desenvolvimento dos profissionais, maior retenção dessa força de trabalho especializada e economia, já que o custo de uma nova contratação é mais alto do que o custo do upskilling.
Com um olhar estratégico para retenção na área de tecnologia no Brasil, a Thoughtworks, consultoria global de tecnologia que integra estratégia, design e engenharia para impulsionar inovação digital, possui na sua proposta de valor em termos de bem-estar físico e emocional das pessoas empregadas uma oferta de 12 semanas de um período sabático com remuneração completa e benefícios quando a pessoa completar 10 anos na companhia. Após a primeira licença, a cada cinco anos adicionais na empresa, o colaborador tem direito a 6 semanas de licença remunerada.
Muito do que as pessoas têm buscado no mercado de trabalho são empresas humanizadas. “Esse benefício já é aplicado em outros países onde a Thoughtworks opera e agora estamos estendendo ao Brasil. Entendemos que uma dedicação de tanto tempo junto à empresa precisa ser celebrada e retribuída pela companhia”, explica Marcelo Oliveira, Diretor de Professional Services da Thoughtworks Brasil.
“A primeira coisa que eu fiz quando chegou o meu momento foi uma preparação para o sabático. Conversei com meu time, organizei as atividades que seriam prioridade durante essas 12 semanas e deleguei para a equipe”, diz Gabriel Notari, que atua no Brasil com responsabilidade pelos clientes fora da América Latina da Thoughtworks.
Notari resolveu tirar seu sabático para passar um tempo com sua família em casa. “Acredito que meu tempo com minha família foi melhor do que qualquer retiro espiritual em algum lugar do mundo”, disse. “Minha visão sobre meu mundo profissional e pessoal mudou completamente, tive tempo de refletir e entender como me tornar não só um líder melhor, mas também um melhor pai e marido”, completa Notari.
O período sabático pode ser utilizado para que o funcionário se dedique a atividades de interesses pessoais, estudar, viajar, atuar em novos projetos ou fazer trabalho voluntário, por exemplo.
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