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Acidentes de trabalho geram 3 vezes mais afastamentos no Brasil
Despesas previdenciárias com acidentados chega a R$ 100 bilhões em 10 anos. Sistemas como alertas de presença de máquinas e pessoas reduzem o risco
21/10/2022 14h00
Por: Nathaly Guimarães Fonte: Agência Dino
Divulgação

O Brasil registrou, no ano passado, 423.217 acidentes de trabalho, de acordo com o Ministério do Trabalho e Previdência. Deste total, 133.757 vítimas necessitaram de tratamento por mais de 15 dias e 1.694 foram casos fatais. Isso significa que, a cada três acidentes de trabalho no país, pelo menos um gera afastamento prolongado. Esta proporção é três vezes maior que a média mundial, segundo estudos de saúde ocupacional.

As taxas de gravidade dos acidentes de trabalho já são estudadas desde a década de 1930, quando Herbert Heinrich concluiu que a cada 300 ocorrências sem lesões havia 29 com lesões leves e uma incapacitante.

Nos anos 1960, Frank Bird concluiu que, para cada acidente com lesão incapacitante, ocorriam 100 acidentes com lesões não incapacitantes e 500 acidentes com danos à propriedade. Por fim, na década de 1990, a DuPont criou sua própria pirâmide, com um novo nível: para cada 3 mil incidentes há 300 acidentes sem afastamento, 30 acidentes com afastamento e 1 acidente fatal.  

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Essa estatística atualizada ressalta a gravidade do cenário no Brasil, onde a proporção é de uma licença-médica superior a 15 dias para cada três acidentes, enquanto a média histórica mundial é de um afastamento a cada 10 ocorrências.

Segundo o Ministério Público do Trabalho e a Organização Internacional do Trabalho (OIT), entre 2012 e 2021, o Brasil registrou 6,2 milhões de Comunicações de Acidentes de Trabalho (CATs) e o INSS concedeu 2,5 milhões de benefícios acidentários, com um gasto superior a R$ 120 bilhões. No total, foram perdidos 469 milhões de dias de trabalho neste período em razão de acidentes.

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Tecnologias de prevenção

Para reduzir essas perdas, as empresas têm investido em tecnologias de prevenção de acidentes. “Uma das atividades com maior risco de acidentes é a armazenagem e movimentação de cargas, onde há grande circulação de pessoas e máquinas no mesmo ambiente”, explica Afonso Moreira, da AHM Solution, especializada em segurança e produtividade no segmento de logística.

Segundo ele, entre os equipamentos mais demandados na AHM para a prevenção de acidentes neste campo estão sensores que detectam movimentação de pessoas e empilhadeiras, sistemas de alertas por luz e som para manter distância segura destes veículos e câmeras instaladas nos garfos das empilhadeiras, para manobras mais certeiras na movimentação de cargas.

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“Sistemas como estes permitem que as pessoas possam trabalhar sem receios em meio às máquinas. Assim, a tecnologia torna o ambiente mais seguro e, consequentemente, mais produtivo”, aponta.

Moreira conclui com um alerta: “Muitas vezes os riscos não são percebidos pelas empresas, mas continuam existindo e podem gerar danos enormes. Por isso, aquelas que investem em sistemas de prevenção levam uma dupla vantagem: ao mesmo tempo em que reduzem os riscos aumentam também sua produtividade”.

Para mais informações sobre sistemas de prevenção de acidentes, basta acessar: https://www.ahmsolution.com.br/

Fontes:

https://brasil.un.org/index.php/pt-br/178950-acidentes-de-trabalho-e-mortes-acidentarias-voltam-crescer-no-brasil-em-2021

https://portalhospitaisbrasil.com.br/brasil-registrou-mais-de-1-100-acidentes-de-trabalho-por-dia-em-2021/

https://falandodeprotecao.com.br/blog/2019/09/23/piramide-de-desvios/