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Estado do Rio tem queda de vacinação contra a paralisia infantil

Crianças e adolescentes menores de 15 anos podem se vacinar

22/10/2022 às 18h15
Por: Nathaly Guimarães Fonte: Agência Brasil
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© ARQUIVO/Tomaz Silva/Agência Brasil/
© ARQUIVO/Tomaz Silva/Agência Brasil/

Levantamento da Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) aponta que a cobertura de todas as vacinas foi reduzida no estado. A imunização contra a poliomielite caiu de 88,76% em 2017 para 87,48%, em 2018 e 73,62%, em 2019. E, em 2020, ano em que a pandemia prejudicou a ida aos locais de vacinação, apenas 55,2% dos bebês foram imunizados. Nesta segunda-feira (24), inclusive, será celebrado o Dia Mundial de Combate à Poliomielite. 

A secretaria faz um apelo à população para que as crianças e adolescentes menores de 15 anos, aproveitem a reta final da campanha nacional de Multivacinação para imunização em massa. As etapas de proteção seguintes expõem uma realidade ainda mais preocupante. Em 2017, 77,20% das crianças entre 13 e 24 meses compareceram aos postos para tomar a dose de reforço. Em 2018, o índice baixou para 67,53% dos bebês e, em 2019, 60,18%, e em 2020, 45,83%. O comparecimento das famílias para a dose dos quatro anos também vem caindo: 65,59% em 2017, 59,07%, em 2018, 53,83%, em 2019, e 49,58% em 2020.

Até o fim deste mês, crianças e adolescentes menores de 15 anos podem se vacinar. Dentre as vacinas que estão disponíveis nos postos na campanha estão: BCG, Hepatite A e B, Penta (DTP/Hib/Hep B), Pneumocócica 10 valente, VIP (Vacina Inativada Poliomielite), VRH (Vacina Rotavírus Humano), Meningocócica C (conjugada), VOP (Vacina Oral Poliomielite), Febre amarela, Tríplice viral (sarampo, rubéola, caxumba), DTP (tríplice bacteriana), Varicela e HPV quadrivalente (Papilomavírus Humano), dTpa (para gestantes adolescentes), Meningocócica ACWY (conjugada) e dT (difteria e tétano).

O Programa Nacional de Imunizações (PNI) proporcionou a erradicação de doenças que marcaram profundamente a história da humanidade. Ao investir no controle de qualidade de vacinas, técnicas de aplicação e estratégias de vigilância epidemiológica, o Brasil conseguiu erradicar a poliomielite em 1990. Segundo dados do Ministério da Saúde, no Brasil, o último caso de infecção pelo poliovírus selvagem ocorreu em 1989, na cidade de Souza, na Paraíba. Também chamada de paralisia infantil, a poliomielite é uma doença contagiosa aguda, causada pelo poliovírus, que pode infectar adultos e crianças por meio do contato com fezes ou secreções eliminadas pela boca de pessoas doentes. Em casos graves, acontecem paralisias musculares, sendo os membros inferiores mais afetados.

No Brasil, não há circulação do poliovírus selvagem desde 1990. Mas a doença permanece endêmica em três países: Afeganistão, Nigéria e Paquistão. Por isso, a importância de se manter a atenção para a imunidade pessoal e de grupo da população, com atenção efetiva de vigilância da doença.

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