A Pesquisa do Mercado Brasileiro de TI de julho de 2022 revela aumento de 22% no mercado de TI no terceiro trimestre de 2022. No primeiro e segundo trimestre os resultados foram 21% e 22%, respectivamente. A pesquisa espera que até o fim do ano o mercado encerre com alta de 23,4% em relação ao ano anterior.
Durante a pandemia de coronavírus, o país enfrentou desafios na adaptação do mercado de trabalho em decorrência do isolamento social. Junto ao SPED (Sistema Público de Escrituração Digital), as empresas têm a obrigatoriedade de manter em guarda determinados arquivos fiscais e, para uma melhor gestão nesse novo cenário, a automação em nuvem foi adotada como solução. De acordo com o estudo Market Guide for SaaS Management Platforms, 50% das empresas devem utilizar computação em nuvem, como SaaS (Software as a Service), para gerenciamento até 2026.
“A automação e armazenamento em nuvem estão crescendo nas empresas pelo aumento da demanda de arquivos digitais, ainda mais após a pandemia, onde muitos trabalhos se tornaram remotos e também pelo crescimento do e-commerce nesse período”, afirma Sergio Cazela, CEO do Mind Group e idealizador da plataforma de gestão de Notas Fiscais, Arquivo Simples. De acordo com o Centro de Tecnologia de Informação Aplicada (FGVcia) até o início de 2023 o Brasil deve atingir 216 milhões de computadores em uso, um computador por habitante.
Durante o ano de 2021, o investimento interno em tecnologias da informação foi de 45,5 milhões de dólares, ranqueando o país em 10° lugar no mercado mundial de TI. Já no mercado latino-americano o Brasil representa 40% da participação de acordo com o Estudo Mercado Brasileiro de Software realizado pela IDC em parceria com a ABES (Associação Brasileira das Empresas de Software). A empresa ainda não revelou os resultados de 2022 e expectativas para o próximo ano.
Cazela ainda afirma que as empresas aderem a automação em nuvem para manter um backup pela necessidade de manter certos documentos arquivados de acordo com a legislação.
Impacto da pandemia no comércio eletrônico
A ascensão do comércio eletrônico em decorrência da pandemia impactou a demanda das empresas em relação a emissão de notas fiscais eletrônicas. Dados do Portal NF-e informam que, até o dia 26 de outubro, foram emitidas 34.372 bilhões de Notas Fiscais e 2.192 milhões de emissores de notas registrados no país até o dia 15. Os números são atualizados diariamente e a cada dez dias, respectivamente.
“Com a pandemia, os negócios precisaram se adaptar. O isolamento social acabou influenciando o aumento das compras online e de novas empresas que atuam no e-commerce, fato que também impactou a demanda de emissão de notas fiscais, onde os SaaS atuam para otimizar a gestão desses arquivos”, explica Cazela.
A indústria de tecnologia cresceu 20% durante a pandemia do novo coronavírus. Já o modelo de trabalho home office foi adotado por 46% das empresas durante 2020, segundo matéria publicada pela Agência Brasil, fato que impulsionou o aumento do uso de computação em nuvem, categoria em que se enquadram os SaaS.
Dados da Síntese de Sondagens (FGV, 2021) declaram que até a pandemia de COVID-19 a participação do comércio eletrônico no setor de varejo era de 9,2% do faturamento total no Brasil. Já em 2020, após implementado o isolamento social, mais de 194 milhões de pedidos foram realizados no ano pela internet, totalizando um faturamento de 41% no e-commerce - um aumento de mais de 13 milhões de novos consumidores, registrando a maior alta percentual desde 2007, de acordo com a Ebit/Nilsen.
Esse aumento é justificado pelo número de brasileiros que passaram a usar a internet após o início da pandemia. Em 2020 os acessos aumentaram em relação ao ano anterior: foram mais de 7 milhões de acessos em comparação a dezembro de 2019. “É esperado que o setor aumente não apenas no país, mas também em um contexto global em decorrência dos governos digitais”, afirma Cazela.