A adoção de novas tecnologias foi um dos principais caminhos a serem seguidos para empresários e empreendedores que desejassem continuar vendendo durante a pandemia da Covid-19. Como em vários outros setores, a oferta de tecnologia e inovação para o segmento food service teve um aumento exponencial em decorrência da crise sanitária. Tanto que o consumo por delivery passou de 40,5% para 66,1% de acordo com pesquisa Consumo Online no Brasil, realizada pela agência Edelman em 2021.
Com o passar dos meses, houve uma evolução na oferta deste tipo de serviço oferecido por bares, lanchonetes e restaurantes, principalmente nas questões de pagamento online, delivery por aplicativos, chatbots para automatização de atendimento e também na utilização e popularização dos QR Codes.
O segmento avançou com novas tecnologias desenvolvidas e lançadas nos últimos dois anos, porém, ainda existe uma pequena parcela de atendimentos realizados com pessoas. “O setor deve seguir a tendência de evolução para um atendimento mais automatizado, realizado por software e sem interação humana no processo”, explica Renato Almeida, CEO da Consumer Soluções em Tecnologia.
Nos últimos anos, o delivery evoluiu para ferramentas e canais 100% digitais, fazendo com que os pedidos por telefone perdessem terreno, sendo substituído por chats e aplicativos de marketplace ou mesmo dos próprios restaurantes.
Hoje em dia, até estabelecimentos de menor porte podem ter uma linha de produção informatizada, contemplando desde o pedido por aplicativos até a produção dos pratos. Tudo pode ser feito baseado em uma análise de geolocalização daquele pedido, que inicia o preparo agrupando as demandas mais próximas e indicando o entregador específico para aquela região, entregando assim ganhos no processo de produção e entrega mais rápida.
De acordo com uma pesquisa realizada pelo IFB (Instituto Foodservice Brasil), há, atualmente, cerca de 736 mil CNPJS de foodservice ativos e em operação no país. Deste total, 473 mil se enquadram na categoria de MEI (Microempreendedor Individual), ou seja, 64% das operações de foodservice no Brasil são compostas por empreendedores individuais, sem funcionários e com faturamento anual de até R$ 81 mil.
Chama a atenção o fato de que, ainda segundo a pesquisa da IFB, 56% das empresas de foodservice em atuação no país registraram abertura nos últimos 3 anos. E, destas novas unidades abertas no último triênio, os tipos de restaurantes que mais abriram foram o de lanches/hambúrguer, com 24% de participação, seguidos por bares (13%), docerias (5%), açaí (5%) e pizza (4%).
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