As empresas brasileiras continuam no esforço para alcançar sua transformação digital. Foi o que mostrou a terceira rodada da Pesquisa de Maturidade Nacional de Transformação Digital, realizada pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI). No último semestre deste ano foi detectado um crescimento de 11% na adoção de tecnologias digitais em relação à rodada anterior. Ao todo, o levantamento terá quatro rodadas, quando se pretende chegar a um Índice de Maturidade Digital (IMD), que vai indicar o nível de adequação digital do setor produtivo brasileiro.
Nesta rodada, 10,5% das empresas afirmaram ter como estratégia principal ser uma empresa digital em 2022, o que indica aumento de um décimo percentual em relação ao ano passado. Outro dado identificado pela pesquisa foi o aumento na adoção de iniciativas digitais nos modelos de negócio. Neste caso, o percentual subiu de 39,6% para 42,8%. Outro dado importante é que subiu de 13,4% para 43,9% o percentual de empresas que criaram novos produtos e serviços nos últimos 12 meses.
Além disso, quando perguntadas sobre prontidão para utilizar ferramentas digitais e participar do mercado digital, 75,9% das empresas responderam que estão prontas. Com 17 anos de experiência de Tecnologia da Informação, a consultora Vanessa Ribeiro Correia afirma que uma das ferramentas que têm garantido um bom custo-benefício para empresas que não querem mais adiar sua transformação digital é o SAP S/4 Hana Cloud Public Edition. A solução funciona como um banco de dados na nuvem do sistema SAP, usado em todo mundo, e que funciona com sistemas capazes de unir Inteligência Artificial (AI, na sigla em inglês) e Automação de Processos Robóticos (RPA).
“As vantagens sistêmicas e processuais são inúmeras com a disponibilização de ferramentas e tecnologias altamente valorizadas pelas empresas que desejam estar à frente de seus concorrentes e acompanhar a transformação digital. Recursos como ML (Machine Learning), Copilot, AI (Artificial Intelligence), Análise Preditiva, Internet das Coisas, e RPA (Robotic Process Automation) fazem parte dos benefícios adquiridos com adoção da ferramenta”, resume ela.
A profissional acrescenta que essa solução é indicada para empresas de portes pequeno e médio ou cujos processos de negócio sejam simplificados e que buscam um retorno rápido sobre o investimento com menor custo de implementação. “Essa ferramenta também se encaixa em empresas com crescimento acelerado e que, por isso, necessitam de maior flexibilidade de adaptação aos novos processos e demandas inerentes a este tipo de organização”, diz.
Vanessa Correia enfatiza que outra vantagem da ferramenta é o custo, que é pelo menos 50% menor que outras tecnologias utilizadas para o mesmo fim. “Além disso, o Retorno sobre investimento (ROI) é mais rápido, uma vez que o projeto de implantação ocorre de forma acelerada possibilitando que a empresa possa utilizar os recursos sistêmicos em tempo recorde”, afirma.
Ela acrescenta que o valor despendido com a sustentação desta versão do software é baixo, pois não há a necessidade de vários profissionais dedicados, já que há constante atualização do sistema efetuados pela empresa desenvolvedora. “Há ainda a diminuição do Custo Total de Propriedade (TCO), já que com a escalabilidade da ferramenta a empresa pode expandir e adicionar novas funcionalidades ao sistema sem prejudicar seu desempenho ou ainda aumentar investimentos em recursos direcionados a atividades chaves do negócio”, conclui.
Maior parte das empresas acredita estar no nível intermediário de maturidade digital
Na pesquisa da ABDI sobre maturidade digital, que iniciou em 2021 e terá ainda uma quarta rodada de questionários, as empresas foram classificadas em quatro níveis de maturidade: inicial, básico, intermediário e aprimorado (líderes). De acordo com a percepção dos empresários entrevistados, eles acreditam estar no nível intermediário de maturidade digital (53,85%), sendo que 28,75% disseram estar no nível emergente/líder.
A terceira rodada de entrevistas ocorreu durante o 1º semestre de 2022 e teve a participação de dois mil executivos de empresas (matriz ou filiais) dos setores de comércio e serviços (78,1%), indústria (13%), construção civil (4,6%) e agronegócio (4,4%). Pelo menos 70,3% das empresas pesquisadas eram microempresas localizadas em sua maioria (54,9%) na região Sudeste.