O comércio eletrônico brasileiro vem em uma crescente desde 2020, impulsionado por fatores como as medidas de quarentena e isolamento social para conter a pandemia de Covid-19 - que fechou os estabelecimentos físicos e abriu a porta do e-commerce para os consumidores mais resistentes -, e promete ser o número um em um ranking mundial de crescimento.
Segundo um balanço conduzido pelo CupomValido, o Brasil é o líder no ranking de crescimento das vendas virtuais, com 22,2% no ano de 2022. Além disso, a expectativa de expansão é de 20,73% ao ano entre 2022 e 2025. Com isso, o comércio eletrônico do país está à frente de mercados como a Argentina (20.6%), Turquia (20.4%), Rússia (18,7%), Índia (18.4%), África do Sul (17,1%) e México (16,8%).
Segundo o levantamento, a expectativa de crescimento brasileira é quase duas vezes maior que a média mundial (11,35%), e se sobrepõe a países como o Japão (14,7%), os Estados Unidos (14,55%) e a França (11,68%), conforme publicação do portal E-Commerce Brasil.
Para Bruno Darolt, CEO e fundador da BD Consultoria, a projeção é promissora para o Brasil. “O futuro das vendas on-line no país é um dos mais promissores do mundo, com todo um potencial a ser explorado, sobretudo no pós-pandemia, quando tivemos um crescimento de seis anos em seis meses”, afirma. “Nosso povo é consumista e a comodidade que a internet traz em nossa rotina faz com que as vendas on-line cresçam cada vez mais”..
Com efeito, uma pesquisa do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) realizada em todas as capitais do país apontou que somente 31% dos brasileiros são consumidores conscientes.
Paralelamente, um estudo da plataforma de descontos cupomvalido.com.br, realizado com base em dados da Statista - companhia alemã especializada em dados de mercado e consumidores -, revelou que o Brasil é o nono país do mundo entre os que mais gastam com compras de roupas e acessórios. Segundo o levantamento, os brasileiros gastaram US$ 48 bilhões (R$ 259,63 bilhões) em 2020 apenas com esses itens.
O que explica o crescimento do e-commerce no Brasil?
Na visão de Darolt, três fatores explicam o crescimento das vendas on-line no Brasil acima da média global, a começar pela pandemia de Covid-19.
“O segundo elemento diz respeito à penetração de novos compradores: só em 2021, o Brasil teve 79,8 milhões de consumidores no comércio eletrônico. A estimativa para 2022 é de que esse número chegue a 83,7 milhões de compradores”, reporta, em referência a indicativos da ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico).
De modo semelhante, prossegue, a penetração de novos vendedores também impulsionou as vendas digitais: “Só no Mercado Livre, maior e-commerce da América Látina, existem aproximadamente mais de 10 milhões de vendedores”, afirma, citando dados do próprio marketplace.
O CEO e fundador da BD Consultoria acredita que as vendas on-line vieram para ficar. “Mais de 13 milhões de brasileiros fizeram a sua primeira compra pela web na pandemia, e esse público só tende a aumentar - o que traz ainda mais solidez para a tendência de alta do comércio eletrônico”, conclui Darolt.
Para mais informações, basta acessar: https://bdconsultoria.com/