Se o prazo da Proposta de Emenda à Constituição (PEC 32/2022) valer por apenas um ano, o senador Plínio Valério (PSDB-AM) disse, em pronunciamento, nesta quarta-feira (30), que votará a favor da alteração. Conhecida como PEC da Transição, a medida propõe garantir ao próximo governo R$ 198 bilhões fora do teto de gastos por prazo de quatro anos. São recursos que permitem a continuidade do pagamento de R$ 600 do atual Auxílio Emergencial, mais uma parcela extra de R$ 150 para cada criança abaixo de seis anos.
— É preciso que todos saibam que somos gente de responsabilidade, e a nossa aqui é analisar, estudar e votar. Nós somos, acima de tudo, republicanos. Não podemos prejudicar a República. O Auxílio Brasil merece essa gente que tem nele uma ajuda para o resgate de sua dignidade. Nós não podemos, então, cercear isso, seja qual for o governo, se goste ou não dele. Mas daí a fugir para R$ 200 bilhões por quatro anos, ou por tempo indeterminado, não concordamos — advertiu o parlamentar.
Diante do impasse, Plínio Valérioo sugeriu que se analisassem propostas apresentadas por outros senadores para chegar a um acordo sobre a razoabilidade dos valores e prazos da medida em discussão. Para o senador, não é conveniente dar “um cheque em braço ao próximo governo”:
— Do jeito que veio, do jeito que se mostra para a gente analisar, eu sou totalmente contra, porque a gente não pode, de forma alguma, isentar o governo de sua responsabilidade fiscal. Este cheque em branco não deve ser dado. Além de provocar alterações legislativas, prejudica nossa credibilidade.
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