O mercado global de transmissão ao vivo, também conhecido como live streaming, deve atingir a marca de US$ 4,26 bilhões até 2028, com taxa de crescimento composto de 22% ao ano. Isso é o que apontou a pesquisa da empresa Meticulous Research, divulgada no mês passado. O relatório inclui dados de streaming por região, componente (plataformas, serviços), modelo de oferta (B2B, B2C), tipo de transmissão (áudio, vídeo, jogo) e vertical (mídia e entretenimento, educação, jogos etc).
Segundo a empresa, o sucesso do segmento foi impulsionado, nos últimos anos, pela popularização de dispositivos inteligentes (smartphones), associado à crescente preferência do público por conteúdos transmitidos ao vivo. No entanto, questões de conectividade e produção ainda restringem o avanço desse mercado. “A tecnologia de transmissão ao vivo pela internet melhorou significativamente e está sendo cada vez mais sendo usada para live streaming de jogos eletrônicos, eventos esportivos, shows, teatro, rotinas de exercícios e conteúdo educacional”, afirma o relatório.
Além disso, a transmissão ao vivo tornou-se uma alternativa necessária para inúmeras aplicações durante a pandemia de coronavírus. Na China, país líder em live streaming com US$ 617 milhões faturados no setor, aproximadamente 67% de usuários de internet não apenas assistiram a uma live durante a pandemia como compraram um produto por meio da transmissão ao vivo.
Se por um lado, plataformas como TikTok, YouTube, Vimeo e Twitch não exijam mais do que um telefone celular e conexão rápida de internet para transmitir um evento live, marcas buscam se diferenciar e elevar o nível de seus conteúdos investindo em estratégias de marketing, produção, rastreamento analítico e interação com o cliente em tempo real.
É o caso da última edição do festival Rock in Rio, transmitido ao vivo pelo TikTok. Além dos shows, os patrocinadores também criaram ações em tempo real para engajar com o público. “Nesse formato, focamos os recursos em planejamento e pré-produção, buscando unir a agilidade das redes sociais com a qualidade dos filmes publicitários”, conta Gustavo Carvalho, diretor de fotografia responsável pela ativação da marca Ipiranga no Rock in Rio, que levou uma roda-gigante ao festival. “Live streaming é uma ação que envolve mais risco, já que ao vivo não é possível controlar todas as condições antes de entregar o conteúdo para o consumidor”, analisa. “Por outro lado, contamos com a resposta imediata do usuário”, diz.
De acordo com a empresa de pesquisa GWI, em 2021, aproximadamente 35% dos usuários globais de internet acessaram algum tipo de conteúdo transmitido ao vivo em suas redes sociais favoritas.
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