A digitalização de empresas no mundo todo nunca esteve tão ligada ao avanço da inteligência artificial, tecnologias que garantem informações, conhecimento e análises de dados muito assertivos para tomadas de decisões estratégicas, ágeis e que resultam no desenvolvimento e crescimento do negócio.
Abordagens como machine learning, deep learning, sistemas de processamento de linguagem natural, visão computacional, entre outros, visam simplificar sistemas analíticos dentro das corporações e são fundamentais para obter um conhecimento amplo de diversas áreas e cenários, como também para trazer soluções inovadoras dentro de diferentes cadeias de valor na indústria. Isso, consequentemente, vai resultar em uma melhoria nos resultados pelas ações que, certamente, serão mais estratégicas. Um estudo realizado pela Mckinsey , inclusive, aponta que a adoção de IA está indicado uma melhora de até 5% de ebitda.
O uso de dados está ganhando mais espaço no processo de tomada de decisões e essa prática deve se tornar parte da cultura da empresa que busca ser relevante no setor que ela atua. “Hoje não basta termos acessos aos dados. É preciso que cada indivíduo da organização envolvido no processo decisório tenha a habilidade para saber interpretá-los e, com isso, poder tomar melhores decisões. Temos que usar os dados para além de responder às perguntas já conhecidas pelo contexto do negócio, é importante usá-los para fazer novas perguntas que poderão aumentar a competitividade e quais alavancas podem ser acionadas para transformar a organização”, explica Wigor Correia, Head de Data & AI da Thoughtworks, consultoria global de tecnologia que integra estratégia, design e engenharia para impulsionar a inovação digital. O executivo reforça que é preciso acompanhar o mercado pois, a cada dia, novas soluções e abordagens inovadoras surgem. E, essas inovações, acabam se tornando essenciais para a evolução de todos os setores e negócios.
Apesar de o assunto ser discutido há muitos anos, o especialista considera uma das principais tendências para 2022 e nos próximos anos, principalmente porque a cultura orientada a dados ainda não está, de fato, implementada de forma perene nas empresas. “Muitas usam dados e aplicam inteligência artificial, mas poucas estão conseguindo usar em escala em nível corporativo”, completa.
O uso de dados e inteligência artificial é capaz de oferecer diversas oportunidades e elevar a vantagem competitiva das empresas, por exemplo, para melhorar a experiência do cliente durante o processo de venda e pós-venda, personalização de serviços e produtos de acordo com a preferência do cliente, no planejamento mais acurado da demanda e no planejamento da sua cadeia de suprimentos. As possibilidades oferecidas a partir de um investimento nessas tecnologias podem contribuir na redução de custos, aumento do lucro, melhorar a experiência no uso das plataformas digitais, além de auxiliar em toda a cadeia de suprimentos.
Com este cenário, é imprescindível que as empresas estejam abertas e incentivem na implementação da cultura orientada em dados, investir na formação dos líderes, sejam eles da área de RH, finanças, vendas, marketing e operações. Isso porque é muito importante entender não apenas a importância dos dados, mas, também, de conduzir a equipe neste mesmo sentido, com o intuito de tornar as tomadas de decisões ainda mais alinhadas aos objetivos estratégicos, porém, considerando todo contexto do ecossistema que elas estão inseridas.