Entre os anos de 2020 e 2021 a taxa de mortalidade por câncer se manteve em 0,10%. Contudo, em 2021, a Covid-19 atingiu uma taxa de mortalidade de 0,20%, maior do que qualquer outra já registrada.
No que diz respeito à mortalidade por Covid-19, o estado do Rio de Janeiro apresentou uma taxa de 0,21%, a mais alta do país, seguido de Mato Grosso e Rondônia, que registraram taxas de mortalidade de 0,19%. Esses três estados apresentaram, respectivamente, 38,94%, 25,95% e 29,76% mais mortes do que a média do país. Em outras palavras, quando é comparado o impacto da covid no Brasil e proporcionalmente à população de cada Estado, pode-se entender que morreram 10.043 pessoas a mais no Rio de Janeiro comparando com o resto do país em termos proporcionais. E 1.563 pessoas a mais no Mato Grosso e 694 em Rondônia.
Com relação a doenças de coração, por exemplo, os estados que apresentaram maior taxa de mortalidade, de 2017 a 2021, foram Rio de Janeiro, com uma taxa de 0,14%, seguido de Piauí e Paraíba, ambos com uma taxa de mortalidade média de 0,13%.
Já com relação a mortes em decorrência de câncer, os estados com as maiores incidência de óbitos foram Rio Grande do Sul, com uma taxa de mortalidade média de 0,16%, seguido do Paraná e Santa Catarina, ambos com 0,12%.
William Chung, especialista de Insights & Analytics da Azos e responsável pela condução do estudo, destaca que, assim como em muitos setores, o mercado de seguros se beneficia cada vez mais com a inteligência de dados. E foi a partir dessa consciência que a Azos começou a trabalhar a concepção de uma calculadora baseada em estudos sobre a população brasileira e doenças ao longo dos anos.
“Ela [calculadora] tem como principal objetivo democratizar o acesso à informação e conscientizar os brasileiros acerca da realidade da mortalidade no nosso país”, afirma.
Segundo Chung, a ideia da calculadora surgiu de maneira despretensiosa, mas segue um conceito promissor: “Mergulhei num mar de informações sobre o mercado de seguros, dados públicos governamentais e de ONGs sobre o Brasil. Juntei informações, compartilhei alguns resultados e chegamos à ideia da calculadora”.
Ferramenta facilita sistematização de dados e construção de políticas públicas
De acordo com o especialista de Insights & Analytics da Azos, a calculadora pode ser útil na sistematização de dados específicos. “O sistema da nova calculadora inteligente extrai informações de bases de dados abertos do governo, como o dados.gov e do IBGE, que são compilados e combinados a partir de diferentes filtros: idade, sexo de nascimento, estado e recorte temporal”.
Dessa forma, prossegue, além de fundamentar as decisões estratégicas da empresa, gerando informações sobre mortes - o que é fundamental para o negócio e desenvolvimento de produtos -, a ferramenta disponibiliza dados para a construção de políticas públicas, campanhas de conscientização e outras intervenções que possam beneficiar a saúde das pessoas.
“As informações coletadas abrangem pesquisas e informações dos anos de 1979 a 2021 e possuem mais de 43,4 milhões de entradas sobre óbitos registrados e ocorridos em solo brasileiro durante esse período”, afirma.
Segundo Chung, o cruzamento de dados como o que foi feito na calculadora pode aprimorar estudos sociais, incentivar linhas de pesquisa e focar tratamentos em perfis específicos. “São muitos os benefícios para a sociedade”, conclui.
Para a calculadora, basta acessar: https://www.azos.com.br/vida-segura/causas-morte-brasil
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