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Educação é prioridade de Professora Dorinha

A senadora eleita Professora Dorinha Seabra Rezende (União-TO) anunciou, em entrevista à TV Senado, que o aperfeiçoamento do modelo educacional púb...

19/01/2023 às 10h25
Por: Nathaly Guimarães Fonte: Agência Senado
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Professora Dorinha foi recordista de votos para o Senado na história do Tocantins - Reprodução/Tv Senado
Professora Dorinha foi recordista de votos para o Senado na história do Tocantins - Reprodução/Tv Senado

A senadora eleita Professora Dorinha Seabra Rezende (União-TO) anunciou, em entrevista à TV Senado, que o aperfeiçoamento do modelo educacional público no Brasil será a tônica de sua atuação. Deputada desde 2011, Professora Dorinha foi eleita senadora pelo Tocantins com cerca de 400 mil votos em 2022, a maior votação para o Senado na história de Tocantins.

Na entrevista, Professora Dorinha lembrou que foi a relatora, em 2020, da nova regulamentação do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), que aumentou a participação da União no fundo, e o incluiu na Constituição (emenda 108). Pedagoga, professora universitária e ex-secretária de Educação de Tocantins por 11 anos (de 1998 a 2009), Professora Dorinha deixa claro que continuará lutando para que os professores recebam melhores salários e que as escolas públicas melhorem a infraestrutura.

—  Quando relatei o novo Fundeb, debati muito com a equipe econômica (do ex-ministro Paulo Guedes). Eles defendiam a tese de que o Brasil já investia muito em educação, de que nossos gargalos seriam a gestão e qualidade deste investimento. Só que isso não é verdade, a imensa maioria dos professores brasileiros, mesmo quando tem mestrado e doutorado, ganham muito pouco. A imensa maioria dos professores, mesmo com pós-graduação, se aposenta com vencimentos em torno de R$ 5 mil. Além disso, todos sabemos que a maioria das escolas públicas em nosso país ainda não tem sequer um saneamento básico adequado. Um país nessas condições não pode achar que os investimentos em educação já são suficientes — explica.

Foi com base nesse ponto de vista que Professora Dorinha incluiu no novo Fundeb que parte do aumento dos recursos da União seja voltado à infraestrutura escolar e à formação docente. A senadora eleita também conseguiu incluir mecanismos voltados à medição da melhoria da qualidade do ensino. Professora Dorinha não se conforma que, em pleno século XXI, ainda seja comum que muitos alunos terminem o Ensino Fundamental de forma precária.

— É inaceitável que ainda hajam alunos que chegam ao 9º ano do Ensino Fundamental sem saber efetivamente ler e escrever ou com resultados ainda muito abaixo do que deveriam atingir ao concluir essa fase escolar. Ou mesmo terminar o Ensino Médio sem atingir níveis satisfatórios de compreensão de textos ou sem o nível adequado em Matemática e outras disciplinas de Ciências exatas. Parte da solução desse grave problema passa pela consolidação do ensino integral — defende Professora Dorinha.

A senadora eleita afirma que a expressão "ensino integral", em que o aluno passa oito horas por dia envolvido nas atividades escolares, só existe em países como o Brasil, que ainda exigem da imensa maioria de seus alunos, especialmente no setor público, apenas quatro horas diárias de atividades escolares. Nos países que de fato priorizam a educação, entre eles os mais desenvolvidos do planeta, a expressão "ensino integral" sequer é utilizada, pois a permanência de crianças e jovens durante todo o dia nas atividades educacionais é algo natural.

Além da pauta educacional, Professora Dorinha ressalta que dará continuidade à luta pela causa feminista. Na Câmara, ela presidiu a Frente Parlamentar que reunia todas as deputadas, independentemente de orientação partidária ou ideológica. Ela está convencida que o Brasil ganha com uma maior participação das mulheres na política.

— A maioria das pessoas com formação superior no Brasil são mulheres. O que não falta no Brasil são mulheres que se destacam na Ciência e outras inúmeras atividades profissionais e técnicas. Mas isso se contrasta com estruturas partidárias e legislativas ainda totalmente dominadas por homens. Esse é o gap que precisa ser enfrentado, inclusive por meio de iniciativas legislativas. No mundo político, ainda prevalece a visão de que a maioria da mulheres não gosta de política, mas isso precisa ser superado, inclusive pela representação garantida pelas cotas — defende.

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