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Emissões de certificados digitais batem recorde no país
Atualmente há mais de 11,8 milhões de certificados digitais ativos no Brasil
28/03/2023 23h55
Por: Alessandro Ferreira Fonte: Agência Dino
Foto: Reprodução

O número de certificados digitais da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira – ICP-Brasil tem crescido no país. Em 2022 foram mais de 8,4 milhões certificados emitidos, um crescimento de 12,6% em relação a 2021. Atualmente há mais de 11,8 milhões de certificados digitais ativos no país. A ICP-Brasil é uma cadeia hierárquica de confiança que viabiliza a emissão de certificados digitais para identificação virtual do cidadão.

Segundo o diretor-presidente substituto do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação - ITI, autarquia federal vinculada à Casa Civil da Presidência da República que tem por objetivo manter a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira, Maurício Augusto Coelho, o ano de 2022 marcou a saída das restrições da pandemia, mas permaneceram as mudanças nos fluxos de trabalho. “A imposição de se trabalhar de forma remota por vias eletrônicas acelerou o processo de transformação do analógico para os processos eletrônicos e aproveitamos para difundir ainda mais a ICP-Brasil, os certificados digitais e as assinaturas eletrônicas qualificadas”, disse durante evento virtual realizado pela Associação das Autoridades de Registro do Brasil - AARB no dia 21 de março.

Os credenciamentos de Autoridades de Registro em 2022 também apresentaram um crescimento de 10,6% em relação a 2021. “Significa dizer que em 2022 a infraestrutura de emissores praticamente cresceu na mesma proporção das emissões de certificados”, disse o diretor.

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Sobre os projetos para este ano, Coelho citou a AR Eletrônica, que tem como atribuição identificar e cadastrar usuários ICP-Brasil de forma não presencial, por canal de atendimento 100% eletrônico e totalmente automatizado. Também citou as bombas de combustível com certificação digital para objetos metrológicos, cujos primeiros modelos já foram aprovados pelo Inmetro. O intuito da medida é combater a sonegação fiscal e as fraudes no abastecimento dos veículos. A troca das bombas será feita de forma gradual pelos postos de acordo com o ano de fabricação.

“Apesar dos poucos modelos, esta é uma enorme porta de entrada, não só para objetos metrológicos, como também para a Internet das Coisas. O Inmetro priorizou as bombas de combustível, mas tem intenção de expandir o projeto para abarcar outros instrumentos de medição, como os de água, energia, balanças entre outros”, disse Coelho.

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Também foram mencionados projetos de assinaturas eletrônicas nos documentos transacionados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a continuidade de acordos internacionais e também sanou dúvidas a respeito da relação de todos os ativos utilizados pelas Autoridades de Registro e a exigência de nota fiscal dos equipamentos.