Em pronunciamento em Plenário nesta terça-feira (4), o senador Paulo Paim (PT-RS) lembrou a passagem do Dia Mundial da Conscientização do Autismo, celebrado em 2 de abril. A data foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2007, com o objetivo de despertar a discussão sobre a realidade vivida pela pessoa com espectro autista. Para o senador, o serviço de saúde precisa estar cada vez mais preparado, já que os cuidados com as pessoas com espectro autista devem ser por toda a vida. Ele observou que a Lei 12.764, de 2012 (Lei Berenice Piana) garante o direito dos autistas a um diagnóstico precoce, tratamento, terapias, acesso à educação e ao trabalho. — Ele não pode ser visto apenas como um transtorno a ser curado — há sim uma realidade social. Os comportamentos diferenciados que muitos autistas apresentam devem ser respeitados e compreendidos como uma forma de expressão. Costuma-se dizer que uma criança autista não se comunica e vive em um mundo próprio. Desconstruir essa noção é o primeiro passo para que não se isolem essas pessoas e se perceber que as pessoas autistas são capazes de aprender, se desenvolver e que elas podem se comunicar, sim, com aqueles que as cercam e perceber a necessidade de incluí-las, de respeitá-las em seus direitos e no próprio desenvolvimento — ressaltou. Paim ainda registrou que o autismo vem sendo diagnosticado com frequência crescente e informou, que segundo dados da ONU, no Brasil, são mais de dois milhões de pessoas com o diagnóstico. Além disso, o parlamentar, acrescentou que um estudo do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos apontou que, em média, 1 a cada 110 crianças nascidas nos Estados Unidos são autistas.