O senador Zequinha Marinho (PL-PA) chamou a atenção para dados preliminares do Censo 2022 do IBGE que mostram um aumento contínuo no número de famílias que vivem em favelas brasileiras. Em pronunciamento no Plenário, nesta quarta-feira (12), o parlamentar destacou existirem atualmente mais de 11 mil favelas no país, que abrigam aproximadamente 16 milhões de pessoas. — Temos alguns dados aqui que nos chamam muito a atenção e representam desafios enormes para um país de dimensões continentais como o Brasil, que não tem zelado muito por sua infraestrutura urbana — declarou. Zequinha lamentou que o empobrecimento da população e o descaso de vários governos tenham levado o país a essa situação. O senador ressaltou que os piores índices de favelização estão na Região Norte. Manaus é a segunda capital com maior número de pessoas vivendo em favelas — mais de 53% da população, enquanto Belém ocupa o primeiro lugar neste índice, com cerca de 55% de seus habitantes instalados em submoradias. — É fundamental, por isso, que se desperte para este momento e que os dados do IBGE não sejam apenas números ou informação, mas que provoquem aqui uma reflexão sobre as consequências na vida real de uma população que olha já com poucas esperanças por dias melhores. Fica aqui, portanto, o apelo para que se possa não apenas escutar, mas internalizar isso e absorver, como forma de compromisso com as populações que mais precisam na Amazônia, no Pará, em toda aquela região, mas também em grande parte do Nordeste brasileiro, que precisa dessa atenção de uma maneira diferenciada — alertou.