O senador Paulo Paim (PT-RS) dedicou seu pronunciamento no Plenário, nesta terça-feira (18), para homenagear as vítimas do Holocausto na Segunda Guerra Mundial. Paim, que não pôde comparecer à sessão especial, destacou a importância da memória sobre as atrocidades cometidas contra o povo judeu, como forma de fortalecer a democracia e o Estado de direito contra os males da tirania. — Seis milhões de judeus foram mortos pela desumanidade daqueles que não aceitam a diversidade e as diferenças. Quando nos afastamos da condição da natureza e da existência humana, perdemos toda a essência das políticas humanitárias. Na verdade, deixamos de ser gente, perdemos a excelência da alma e nos transformamos em monstros — lembrou. Paim homenageou Aracy de Carvalho Guimarães Rosa que, no exercício de sua função no consulado brasileiro em Hamburgo (Alemanha), salvou um grande número de judeus durante o Holocausto. O grande escritor João Guimarães Rosa, diplomata e médico, foi o seu segundo marido. Aracy ficou conhecida como o "Anjo de Hamburgo". Paim afirmou que a defesa dos direitos humanos abrange o combate às injustiças em todas as suas formas e o exercício da responsabilidade social e econômica. — A História nos adverte das tiranias e, sendo assim, é necessário sempre seguirmos os ensinamentos da democracia e dos direitos humanos para que nunca mais ocorra um Holocausto no planeta — ressaltou. A data da sessão especial corresponde ao Dia da Lembrança do Holocausto e Heroísmo, dedicado a rememorar os seis milhões de judeus mortos pelo nazismo na Alemanha. Na sessão foram ouvidos os relatos de dois sobreviventes do Holocausto, Gabriel Waldman e George Legmann.