Moro questiona omissão da presença de chefe do GSI no Planalto em atos golpistas
Em pronunciamento em Plenário na quarta-feira (19), o senador Sergio Moro (União-PT) chamou a atenção para vídeo divulgado pela imprensa que mostra...
20/04/2023 às 10h25
Por: Alessandro Ferreira Fonte: Agência Senado
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Em pronunciamento em Plenário na quarta-feira (19), o senador Sergio Moro (União-PT) chamou a atenção para vídeo divulgado pela imprensa que mostra o general Gonçalves Dias, então chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, circulando pelo Palácio do Planalto durante os atos golpistas de 8 de janeiro em Brasília. O parlamentar destacou que as imagens já haviam sido solicitadas pela Câmara dos Deputados e pela Câmara Legislativa do Distrito Federal, mas foram negadas. — A grande questão sobre a qual nós temos que nos debruçar é: se o governo sabia desses fatos desde 8 de janeiro, por que ele não revelou esses fatos em sua inteireza? Por que ele não revelou que havia gente dentro do Planalto que — pelo menos nós vimos nos vídeos de hoje [quarta-feira] — adotou uma postura absolutamente passiva em relação àqueles invasores? Por que o governo omitiu que o ministro do GSI do Lula esteve no Planalto naquela data? Por que isso não foi informado ao Senado? Por que isso não foi informado ao Congresso? Por que isso não foi informado à Câmara dos Deputados? Por que isso foi sonegado da sociedade? Moro ressaltou que outros fragmentos de vídeos internos do Palácio do Planalto haviam sido repassados à imprensa anteriormente, o que, segundo ele, leva à conclusão de que houve uma seleção de imagens, excluindo deliberadamente os trechos em que o chefe do GSI aparece. O senador ressaltou que os novos fatos revelados agregam ainda mais responsabilidade à apuração de uma eventual CPI mista. Moro defendeu a instalação da comissão e disse que a investigação é um direito da minoria. Para o parlamentar, a sociedade brasileira precisa saber dos fatos por inteiro, e não apenas as informações selecionadas e repassadas pelo governo federal.
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