O mercado digital vem crescendo à medida que a tecnologia evolui. Com a pandemia COVID-19 impulsionando as vendas online e o e-commerce, cada vez mais empresários buscam estabelecer-se nesse canal de vendas. Segundo o portal Statista, até 2027, o Brasil ocupará o primeiro lugar no desenvolvimento do comércio eletrônico no segmento do varejo, com uma taxa de crescimento anual de 14,6%. Esse crescimento exige que lojistas de todos os nichos estejam preparados para adaptar seus negócios à nova realidade do mercado brasileiro.
Apesar disso, os empreendedores ainda encontram dificuldades em se adaptar ao mercado digital, fomentando a busca por cursos, livros e e-books sobre as diversas áreas que envolvem o e-commerce. Gutto Paixão, diretor de marketing da Weethub, uma assessoria para e-commerces, afirma que o varejo online tende a ganhar cada vez mais força nos próximos anos, o que vai exigir mais conhecimento e preparo dos lojistas.
“Vender na internet parece fácil, isso porque o e-commerce ainda é uma ideia que está amadurecendo na mente do empreendedor brasileiro. Os varejistas estão começando a entender que a digitalização do comércio não tem mais volta e estão se movimentando para manter os negócios vivos. Porém, justamente por parecer tão simples, acabam perdendo o rumo ao se envolver em processos relativamente novos e sem preparo”, afirmou.
Áreas de conhecimento fundamentais para o e-commerce
O e-commerce pode ser desafiador, principalmente para empreendedores sem preparo. Existem áreas específicas que podem funcionar como bases para o negócio. Gutto elencou as quatro mais importantes, levando em consideração todo o processo de construção em um negócio digital.
Gestão financeira
Uma pesquisa do SEBRAE divulgada pela Valor Econômico, em 2022, mostrou que 29% das PMEs (Pequenas e Médias Empresas) encerram as operações após cinco anos de funcionamento. Esses dados mostram a importância de um bom planejamento financeiro já nos primeiros meses de funcionamento do e-commerce. Gutto aponta que é fundamental que o lojista compreenda todo o investimento necessário para manter o varejo online, além de priorizar e calcular corretamente o investimento e o lucro do negócio.
Redes sociais
O portal E-commerce Brasil divulgou uma pesquisa do AII INN em parceria com a Opinion Box que mostra que 75% dos consumidores utilizam as redes sociais para buscar produtos. Desde o começo da pandemia, as redes sociais se tornaram grandes centros de comunicação, afetando diretamente o comportamento de compra dos consumidores. Atualmente, muitas dessas redes estão adaptando suas plataformas e inovando para unir o social ao comercial, como é o caso do Tik Tok e a integração com plataformas de venda.
Plataformas
Com a grande variedade de opções de plataformas disponíveis, que vão desde as básicas até as mais complexas, é crucial que os empreendedores estudem e encontrem aquela que melhor se encaixa no momento do seu negócio e que ofereça um bom custo-benefício, conforme afirma Gutto, especialista em e-commerce.
Para Gutto, a loja virtual é a base de um e-commerce, e além do valor da plataforma, o empreendedor deve levar em consideração outras necessidades do negócio.
Logística
A construção de uma estrutura de venda e entrega eficiente requer conhecimentos avançados sobre prazos, transporte, armazenamento e embalagem dos produtos, apesar da maioria das plataformas de lojas virtuais possuírem integração com diversos gateways de logística.
Diante dessa nova realidade do mercado, lojistas de diversos setores têm buscado aprofundar seus conhecimentos no e-commerce e em áreas correlatas para começar um negócio sólido e com uma boa estrutura de vendas.
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