Em votação simbólica, o Plenário do Senado aprovou nesta terça-feira (23) a criação do Grupo Parlamentar Brasil-Ucrânia. O Projeto de Resolução do Senado (PRS) 21/2023, que segue para promulgação, foi apresentado pelo senador Flávio Arns (PSB-PR) e aprovado na forma do parecer favorável da senadora Professora Dorinha Seabra (União-TO) à Comissão de Relações Exteriores (CRE). De acordo com o projeto, o grupo parlamentar tem o objetivo de incentivar e desenvolver relações entre os Poderes Legislativos dos dois países. Ele será composto por senadores que desejarem fazer parte da equipe, sendo o presidente da CRE o único a ter assento garantido no grupo. Atualmente a comissão é presidida pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL). Entre as atividades a serem desenvolvidas, estão visitas parlamentares e troca de materiais sobre assuntos legislativos. Os integrantes da equipe também devem promover eventos, debates e estudos a fim de aprimorar as relações bilaterais entre o Brasil e a Ucrânia. Para Arns, as consequências da diplomacia parlamentar “vão além das boas relações entre os Parlamentos, contribuindo para as boas relações entre nações”. No caso da Ucrânia, o senador ressalta, na justificativa da proposta, que a cultura e as tradições da nação eslava “mostram-se presentes nos lares de nossa gente, sobretudo do Sul do país”. Dorinha acredita que o projeto vai ao encontro das boas práticas de estreitamento dos laços com outras nações. "Entendemos como de extrema relevância a aproximação do Senado Federal do Brasil com o Conselho Supremo da Ucrânia, parlamento unicameral daquele país”, avaliou. Agradecendo ao Plenário pela aprovação do projeto, Arns chamou a atenção para as dificuldades que a Ucrânia atravessa em consequência da invasão pela Rússia. Ele manifestou esperança de que a observação parlamentar lance luz sobre como a Ucrânia tem lidado com questões como educação, economia e atendimento a pessoas com deficiência. O senador ressaltou o grande número de paranaenses com nacionalidade ucraniana. — Em Prudentópolis, no sul do estado, 75% da população tem sobrenome ucraniano. Esta é uma oportunidade para aproximarmos os países, debatermos as situações comuns aos dois países — resumiu.