Uma pesquisa realizada pela Edelman para a Microsoft sobre digitalização das micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) mostrou que 92% delas afirmam estar em processo de transformação digital. Desse total, 98% das empresas reconhecem o impacto positivo da implantação de tecnologia nos negócios. Os dados foram coletados com 312 líderes e tomadores de decisão em diversos setores da economia no período de 14 e 15 de novembro de 2022.
Entre os destinos dos investimentos e implementação de tecnologias digitais, os entrevistados citaram a priorização em otimização do uso de dados para a inteligência dos negócios (item citado por 47% dos respondentes), recrutamento e treinamento de talentos em tecnologia (41%) e foco na aquisição e adoção de novas tecnologias (40%).
Outro resultado mostrado pela pesquisa, realizada desde 2020, indica que a tecnologia torna o recrutamento de funcionários mais eficiente. Essa afirmação foi feita por 86% dos entrevistados, que afirmaram que a tecnologia oferece mais diversidade e qualidade nos processos de recrutamento e contratação.
Com 10 anos de experiência na área de Tecnologia da Informação, o desenvolvedor de softwares Gabriel Bartholo Batista confirma que a adoção de tecnologias, especialmente para automação de processos na empresa, pode resultar em diversas vantagens para o negócio. Ele cita como algumas dessas vantagens a redução de custos, aumento da eficiência, melhoria na qualidade do produto ou serviço, e maior agilidade na tomada de decisões.
O profissional comenta que no decorrer do processo de adoção de tecnologias na rotina da empresa, é comum surgirem dúvidas sobre o que priorizar na hora de adotar softwares de automação, por exemplo. Uma das principais dúvidas é sobre contratar um software pronto ou desenvolver um sistema próprio.
No caso da primeira opção, a principal vantagem, segundo Batista, é a rapidez da implementação, pois o processo de desenvolvimento já foi concluído e o software está pronto para uso. “Além disso, o custo inicial pode ser menor do que o desenvolvimento de um software próprio, já que a empresa não precisará investir em equipe especializada em programação e desenvolvimento”, esclarece.
Apesar disso, a escolha por desenvolver um software próprio também pode ser vantajosa, especialmente em longo prazo, por ter a possibilidade de customização do sistema de acordo com as necessidades da empresa. “Neste caso, a empresa terá total controle sobre o software e poderá adaptá-lo sempre que for necessário. Contudo, o processo de desenvolvimento pode levar mais tempo e o custo pode ser mais elevado”, pondera.
Para decidir a melhor opção, Gabriel Batista recomenda analisar as necessidades e os recursos da empresa. “É importante avaliar os prós e contras de cada opção e escolher a que melhor atender às necessidades da empresa e proporcione um bom custo-benefício”, resume.
Transformação digital das empresas foi acelerada pela pandemia da Covid-19
A emergência sanitária causada pela pandemia da Covid-19 acelerou o processo de transformação digital das empresas. A pesquisa da Edelman e Microsoft faz o levantamento de dados desde 2020, primeiro ano da pandemia. Segundo as autoras do levantamento, na primeira edição da pesquisa, realizada em 2020 e divulgada em 2021, os dados já apontavam uma tendência de continuidade da adoção de tecnologias.
Nessa edição da pesquisa, 82% das MPMEs brasileiras diziam ter a intenção de seguir a digitalização por meio de novas ferramentas. Segundo os resultados, no início, o principal investimento das MPMEs foi em plataformas de comunicação e colaboração, com 66% dos entrevistados apontando que os softwares de chamadas de vídeo seriam as principais mudanças em relação?à?adoção de?tecnologia, seguidas por nuvem?e?softwares de trabalho remoto, ambos com?55%. Já em 2022, 51% das MPMEs disseram investir em soluções de vídeo chamada.
A segunda edição da pesquisa, realizada no final de 2021 e divulgada no ano passado, mostrou que as MPMEs estavam em processo acelerado de digitalização. Já na comparação entre 2021 e 2022, os dados mostram que muitas empresas conseguiram resolver os desafios iniciais de infraestrutura, como conexão com a internet, software e hardware. Enquanto 47% das empresas disseram ter problemas de conectividade nos primeiros anos da pandemia, a terceira edição da pesquisa, divulgada recentemente, mostra que apenas 29% apontaram esta questão com um problema.
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