Na manhã desta quarta-feira (3), cerca de 200 alunos do ensino fundamental entre 12 e 14 anos, cursando o 7º e o 8º ano, fizeram uma viagem no tempo e reviveram, no Salão Negro do Congresso, cenas da Independência do Brasil. A encenação faz parte da comemoração pelos 200 anos da instalação da Assembleia Constituinte do Império do Brasil.
O evento foi realizado pela companhia teatral Caixa Cênica, que deu vida aos personagens e fatos históricos. A narrativa foi contada sob a perspectiva da imperatriz Maria Leopoldina, primeira esposa de Dom Pedro I.
— Para os alunos, a encenação foge de uma aula tradicional. Deu para ver a alegria deles nesse ambiente e eles aprenderam algo que já viram na escola, mas agora aprofundaram de forma dinâmica — avalia o professor de história Daniel Magalhães.
De acordo com Ronaldo Martins, responsável pela promoção do evento no Senado, o propósito foi promover a educação cívica, escolhendo alunos que já estão estudando essa fase da história do Brasil. "Eles tiveram uma aula viva", disse Martins.
Intérpretes de Dom Pedro I e Maria Leopoldina, os atores Roberto Oliveira e Camila Meskell, da companhia Caixa Cênica, se prepararam por um mês para a encenação.
— A maior dificuldade foi traduzir a linguagem da época, um português arcaico, para o contexto atual e, principalmente, para crianças e adolescentes. Foi também um grande trabalho selecionar o que fazer em mais de 200 páginas de conteúdo e pesquisa. O Senado ajudou em questões pontuais e nos textos — disse Camila.
Para a encenação, foi usado mobiliário fornecido pelo Museu do Senado, como mesas e escrivaninhas da época, além de pequenos objetos.
O evento foi organizado pela Diretoria-Geral e pela Secretaria de Comunicação (Secom) do Senado, com apoio do Sindilegis, e teve a participação do primeiro-secretário do Senado, Rogério Carvalho (PT-SE), e da diretora-geral da Casa, Ilana Trombka.