Para atender solicitação da gestão municipal para qualificação do processo de trabalho da gestão local e dos profissionais da Atenção Primária à Saúde (APS), técnicos da Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) realizam entre os dias 3 e 5 de maio, no município de Porto Nacional, oficinas de Acolhimento com Classificação de Risco e Vulnerabilidades na Atenção Primária e Sistemas de Informação. O trabalho é conduzido por profissionais da Diretoria de Atenção Primária (DAP) da Pasta.
“Trabalhar esta temática junto aos municípios é de fundamental importância, pois, o acolhimento é um ato de aproximação, inclusão e humanização que visa melhorar o atendimento ao usuário do Sistema Único de Saúde, bem como qualificar as informações do sistema de informação da APS”, relatou a enfermeira e técnica da DAP, Anna Nunes.
A coordenadora da Atenção Primária à Saúde do município de Porto Nacional, Rayane Cerqueira, destacou que “o evento é relevante para o município, pois os profissionais precisam acolher de maneira humanizada os usuários que procuram o serviço de saúde", destacou.
As oficinas já ocorreram no município de Guaraí e agora em Porto Nacional, e futuramente, outros municípios serão contemplados. A proposta é assessorar todos os municípios do Estado, seja in loco, em Palmas ou através de webconferência, com ênfase no Acolhimento com implantação da Classificação de Risco e Vulnerabilidades na APS, nos estabelecimentos de saúde municipais.
Acolhimento e Classificação de Risco
O Acolhimento e Classificação de Risco é um dispositivo tecnológico relacional de intervenção norteado pela escuta qualificada, construção de vínculo, garantia do acesso com responsabilização, resolutividade dos serviços de saúde, bem como pela priorização dos pacientes mais graves para atendimento.
De acordo com aResolução n.º 423/2012 do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), essa responsabilidade é desempenhada privativamente pelo enfermeiro. Assim, quando o paciente procura o serviço de saúde é acolhido pelo profissional que realiza a escuta qualificada, avalia e aplica o fluxograma norteador e classifica as necessidades de saúde daquele, conforme critérios de risco estabelecidos em protocolos.
É um processo de ressignificação da triagem onde todos os profissionais de saúde devem realizar o acolhimento do paciente e sua família, mas cabe ao enfermeiro a atividade de classificação de risco do paciente, o que torna uma ação de inclusão que permeia todos os espaços e momentos do cuidado nos serviços de saúde, a exemplo das Unidades de Pronto Atendimento (UPA).
Protocolos da Classificação de Risco
Os protocolos de Classificação de Risco, que sustentam a classificação da gravidade da situação de cada paciente, são definidos por parâmetros subjetivos e objetivos, tempos e fluxos que podem sofrer alterações, a critério da instituição de saúde. O protocolo que direciona a atuação do enfermeiro, principal responsável pelo sucesso da classificação de risco.
A implantação efetiva dos protocolos de Classificação de Risco depende de uma rede assistencial estruturada e organizada, capaz de assegurar a continuidade da assistência em outros serviços de saúde, quando necessário.
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