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Mudanças no Bolsa Família serão votadas nesta quarta na comissão mista
Um pedido de vista coletivo adiou para esta quarta-feira (10), às 14h30, a votação na comissão mista do relatório da medida provisória do Bolsa Fam...
09/05/2023 20h25
Por: Raquel Criatiane Fonte: Agência Senado
O relator, deputado Dr. Francisco, e o presidente da comissão, senador Fabiano Contarato, na reunião desta terça - Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Um pedido de vista coletivo adiou para esta quarta-feira (10), às 14h30, a votação na comissão mista do relatório da medida provisória do Bolsa Família que prevê o pagamento de, no mínimo, R$ 600,00, por família de baixa renda ( MP 1164/23 ).

Em seu parecer, o deputado Dr. Francisco (PT-PI) aceitou 43 das 257 emendas apresentadas à medida.

Uma das sugestões incorporadas ao relatório garante o pagamento de bônus de R$ 50 para mulheres beneficiárias do programa que estejam amamentando. Segundo o relator, essa medida terá impacto de R$ 229,67 milhões por ano, o que foi considerado “não substancial” pelo governo. Na versão original, o bônus seria limitado a cada dependente entre 7 e 18 anos e para gestantes.

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O texto prevê ainda que reajustes no valor do benefício do programa serão realizados, no máximo, a cada dois anos.

BPC

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Dr. Francisco observou que muitas emendas solicitaram a volta da permissão para que recebedores do Benefício de Prestação Continuada (BPC) pudessem contratar empréstimos com desconto em folha de pagamento. “Não julgamos acertada essa permissão, considerando o potencial endividamento dessas famílias devido ao estado de vulnerabilidade em que se encontram”, justificou o relator.

Ainda assim, ele acatou alteração para permitir que o BPC seja usado no empréstimo consignado na margem de 35%, sendo que 30% seriam destinados exclusivamente a empréstimos e financiamentos, e 5% ao pagamento de despesas de cartão de crédito.

Para evitar que a decisão de tomar empréstimos prejudique a liquidez das famílias, uma das preocupações do relator, o parecer prevê que a autorização para os descontos ocorra com um intervalo mínimo de cinco dias úteis.

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“Dando prazo necessário para reflexão antes da tomada final da decisão que pode comprometer parcela elevada da renda do indivíduo atendido pelo BPC”, justifica o parlamentar.

Pescadores

Pelo relatório, as famílias que recebem o seguro defeso também passam a ter direito ao Bolsa Família, desde que não acumulem o auxílio com benefício previdenciário.

O relatório reitera a proibição de que as empresas subcontratadas pela Caixa para repasses do Bolsa Família reduzam o valor do benefício com o pretexto de recompor saldos negativos ou de saldar dívidas preexistentes dos beneficiários.

Da Agência Câmara de Notícias