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Girão manifesta preocupação com censura no Brasil
Em pronunciamento no Plenário nesta segunda-feira (15), o senador Eduardo Girão (Novo-CE) manifestou preocupação com os brasileiros que, na opinião...
16/05/2023 11h09
Por: Raquel Criatiane Fonte: Agência Senado
Para senador, país vive crise ética, com pessoas sendo perseguidas e impedidas de expressar opiniões e ideias - Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Em pronunciamento no Plenário nesta segunda-feira (15), o senador Eduardo Girão (Novo-CE) manifestou preocupação com os brasileiros que, na opinião dele,estão sendo vítimas decensura. Para Girão, essas pessoas sofremperseguiçãoe não podemmanifestar livremente opiniões e ideiaspela "censuraautoritária" no país.

— Estamos vivendo uma crise sem precedentes na história do país. E essa crise não é a econômica, não é a social, não é a política. Todas essas existem, sim, mas a mãe de todas as crises é a crise moral. É essa crise ética que a gente está vivendo no Brasil! E as pessoas de bem têm que se levantar, não têm o que esperar; é claro, sempre de forma ordeira, pacífica, respeitosa, como na história do Brasil sempre houve: não quebravam nada!— disse.

Girão ressaltou audiência na Câmara dos Deputados, no dia 11 de maio, conduzida pelo deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO), para tratar da censura no Brasil.O parlamentar apontou pessoas que estariam sendo impedidas de manifestar a livre opinião. Citou os comentaristasRodrigo Constantino, Paulo Figueiredo e Ana Paula Henkel, que participaram da audiência, e o empresário LucianoHang, além dayoutuberBárbara Destefani. Segundo ele,Bárbarateve seu canal do YouTube, com milhares de inscritos, “sumariamente banido”, por decisão do ministro Luis Felipe Salomão. O parlamentar ressaltou que ayoutuberé alvo de investigação pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF)AlexandredeMoraes, no âmbito do inquérito dasfake news.

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O senador também criticoudecisão de Moraes de suspender oTelegram, caso o aplicativo não retirasse do ar mensagem da empresa contra o PL das Fakes News( PL 2.630/2020 ). Além disso, o senador afirmou que a plataforma foi obrigada pelo ministro a publicar uma opinião dizendo exatamente o contrário sobre o projeto.

— Além de retirar a liberdade de expressão que essa empresa privada tem, foi obrigada a colocar algo em que ela não acredita, que, para ela, éfake news,que foi imposto goela abaixo, ou seja, expressando a opinião do próprio ministro, extrapolando a já condenável censura, para exercer uma verdadeira doutrinação ideológica só verificada em ditaduras violentas. É isso o que estamos vendo no Brasil. Vivemos um quadro feroz de implantação de uma verdadeira ditadura da toga — declarou.

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