O senador RogérioMarinho(PL-RN) registrou, em pronunciamento no Plenário nesta quarta-feira (17), a redução da desigualdade social no Brasil. Segundo ele, a disparidade entre os mais pobres e os mais ricos diminuiu nos últimos 12 anos. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com base no índice de Gini como indicador de desigualdade [Índice de Gini foi criado pelo matemático italiano Conrado Gini; é um instrumento para medir o grau de concentração de renda em determinado grupo; ele aponta a diferença entre os rendimentos dos mais pobres e dos mais ricos].
— O nosso decréscimo em relação a outras economias do mundo foi muito menor do que se preconizava. Em 2020, tivemos pouco menos de 4,2%, 4,3% de queda de PIB, quando todos estimavam que teríamos mais de 10% dessa queda de PIB, em função das restrições sanitárias oferecidas ou ofertadas ou ocasionadas pela crise sanitária que assolou o mundo inteiro — afirmou.
Marinho disse que esse resultado marca um fim de um ciclo de seis anos em que políticas públicas foram implantadas para restaurar a normalidade econômica, social e estrutural no país. Ele ressaltou que durante esse período foram realizadas reformas que melhoraram o ambiente de negócios, a segurança jurídica e a previsibilidade, como marcos regulatórios.
— Temos também ações importantes que impactaram a nossa economia com as microrreformas, com a diminuição de impostos, com o processo de modernização do Estado, que permitiu que uma série de serviços fossem automatizados e houvesse um acesso maior da população a esses serviços como a diminuição da burocracia na abertura e no fechamento de empresas, o marco dasstartups, enfim, projetos e ações importantes e estruturantes que permitiram que a economia crescesse de forma consistente após a retomada econômica em 2021, com um crescimento de mais de 5%. Em 2022, quase 3%, quando todas as expectativas eram no sentido contrário.
Marinho enfatizou que todos esses marcos fortalecem o país. Mas ressaltou que o governo atual tem a intenção de desconstruir a reforma que modernizou a legislação trabalhista. Ele destacou que essa atualização foi absolutamente necessária e está sendo alvo de ataques.
— Temos que evoluir, modernizar. Por exemplo, sobre a questão dos aplicativos e não retroceder com o teletrabalho,com o trabalho intermitente, com a divisão das férias, com a facilitação que foi dada na negociação salarial, em que o negociado entre as partes se superpõe ao legislado. Essa flexibilidade é necessária a um estado moderno, em que a relação do trabalho precisa ficar acima das convenções, pela sua importância. Mais do que nunca é necessária uma reflexão do Brasil e deste Parlamento para resistirmos e não retrocedermos, para não aceitarmos uma agenda que, ideologicamente, nos impõe passos atrás, para que nós não possamos perder a atração necessária que vai fazer com que a sociedade brasileira tenha oportunidades para os seus filhos de geração de emprego, de renda e de um país diferente — concluiu.
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