Em pronunciamento no Plenário na quarta-feira (17), o senador Zequinha Marinho (PL-PA) manifestou preocupação da Frente Parlamentar da Agropecuária e do setor produtivo do agronegócio quanto ao financiamento do Plano Safra 2023-2024. Segundo ele, é necessário que os recursos estejam disponíveis durante toda a safra — de forma continua e sem interrupções — e com reajuste para atender à previsão de aumento da produção.
— Vamos ter uma safra quase 20% maior do que a safra atual. Para isso é necessário que sejam destinados, pelos cálculos dos especialistas nesse setor, R$ 403,88 bilhões para esta temporada. Esse valor representa 18,5% a mais do que os R$ 340,88 bilhões anunciados para a safra 2022/2023, que se encerra no dia 30 de junho. A ideia é que R$ 290 bilhões desse dinheiro sejam destinados ao custeio e à comercialização da safra de grãos, aumento na mesma proporção em relação à safra atual. Para as linhas de crédito de investimento a longo prazo, a demanda sugerida é de R$ 113,09 bilhões. E aí nós temos uma cifra 19,5% maior do que os R$ 94,6 bilhões dessa safra — disse.
Zequinha também defendeu a redução das taxas de juros das operações de crédito rural. O atual cenário do mercado, apontou o senador, tem gerado preocupação com a queda dos preços das commodities. Uma saca de soja que custava R$ 180, caiu para R$ 120, disse. E aarrobado boi, que custava R$ 300, atualmente está a R$ 210.
— Precisamos de uma taxa de juros que esteja atrelada ao valor de mercado do produto do fazendeiro, do produtor rural, caso contrário esse produtor vai se endividar e não vai conseguir pagar com aquilo que produzir, por mais eficiente que sejam os seus compromissos junto aos bancos — afirmou.
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