O senador Lucas Barreto (PSD - AP) criticou, em pronunciamento no Plenário na terça-feira (23), a resistência do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em liberar a exploração do petróleo e gás na plataforma equatorial da Amazônia, localizada na costa do Amapá. O parlamentar alegou que estudos sobre as mudanças das bases energéticas já alertaram para o risco de o Brasil ter que importar petróleo em 25 anos, caso não sejam adotadas medidas para aproveitar o potencial geológico, identificado nas águas profundas do pré-sal e na faixa equatorial brasileira nordestina.
— O Brasil terá que importar, e de joelhos, petróleo da Venezuela, da Colômbia e da rica Guiana, do Suriname ou dos produtores do Hemisfério Norte, pois ainda teremos, daqui a 50 anos, a quarta maior frota de automóveis do planeta, frotas agrícolas, aviões, todos com tecnologia de consumo de derivados de hidrocarbonetos — disse.
O senador citou como justificativa para a liberação da licença ambiental para prospecção de petróleo e gás os resultados obtidos na Guiana Francesa, que após oito anos de exploração de óleo e gás superou a produção da Venezuela e elevou o produto interno bruto (PIB) do país a "inacreditáveis 48% no ano de 2022".
O parlamentar argumentou também que 56% das famílias do Amapá vivem abaixo da linha da pobreza. Macapá, que concentra 57% da população do estado, está na lista das 20 cidades brasileiras com os piores índices de estrutura de saneamento básico, enquanto o Ibama impõe regras de preservação ambiental que, na opinião dele, impedem a população de acessar fontes naturais de riquezas.
— Não é de hoje que o Ibama impõe aos pescadores do Oiapoque, Calçoene, Amapá, aos extrativistas minerais e florestais do Amapá, suas regras mortais de proibições inquisitórias, inviabilizando todas essas comunidades de economias culturais tradicionais em poder acessar os insumos naturais, pesqueiros e florestais, para a sua sobrevivência [...] As riquezas que a ciência e a expertise da Petrobras encontraram no pré-sal do Oiapoque, do Amapá, irão transformar a histórica economia do Amapá e do Pará, gerando outras atividades econômicas — defendeu
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