Na sexta-feira, 26, é comemorado o Dia Nacional de Combate ao Glaucoma. Com o intuito de conscientizar e alertar sobre a doença, a Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) chama a atenção para o problema de saúde que é a segunda causa de cegueira no Brasil, atrás apenas da catarata. Apesar de ser uma doença crônica e sem cura, o glaucoma pode ser controlado com tratamento adequado e contínuo.
Uma doença de progressão silenciosa, o glaucoma é provocado pelo aumento da pressão interna do olho e alteração irregular no fluxo de sangue dentro do órgão. Por isso, quanto mais cedo for feito o diagnóstico e iniciado o tratamento, maiores são as chances de controlar o avanço da doença e evitar a perda da visão.
“O glaucoma é uma doença silenciosa e o paciente na fase inicial e intermediária geralmente não percebe por ser indolor, pois a pressão ocular nessa fase não costuma ser muito alta e a perda da visão é da periferia para o centro, então o campo central da visão permanece, comprometendo o campo visual somente no estágio avançado, por isso a importância de se fazer exames oftalmológicos de rotina para detecção da doença em fase inicial”, explica a oftalmologista do Hospital Geral de Palmas (HGP), Ana Beatriz Dias, que atua na equipe de transplante de córnea do Banco de Olhos do Tocantins (Boto).
A especialista explica ainda que a maioria dos casos ocorre após os 40 anos e um dos principais fatores de risco associado ao desenvolvimento do glaucoma é o histórico da doença na família, mas doenças crônicas, como hipertensão e diabetes também podem contribuir para o acometimento da doença.
Atendimento no SUS
Atualmente, o SUS oferece 19 procedimentos para acompanhamento, avaliação e tratamento do glaucoma. Para serem encaminhados aos Serviços de Atenção Especializada, os pacientes devem, primeiro, procurar uma Unidades de Saúde da Família. As pessoas com diagnóstico confirmado devem ser acompanhadas por um médico oftalmologista.
O acompanhamento começa cedo, a partir do nascimento, com Teste do Olhinho, nas maternidades. Um exame simples, rápido e indolor, capaz de detectar alterações no eixo visual. O teste avalia o reflexo da luz que entra no olho do bebê. Se for identificada alguma alteração, o recém-nascido é encaminhado para um especialista. A identificação precoce aumenta a chance de desenvolvimento normal da visão ao longo da vida.
Para os casos mais graves, em que há indicação, também é possível fazer transplante de córnea pelo SUS. Em 2022, foram realizados 71 procedimentos deste tipo no Tocantins. Em 2023, entre janeiro e 24 de maio, 23 transplantes foram realizados no Estado.
Os pacientes diagnosticados com a doença no Tocantins podem ter acesso aos medicamentos necessários para o tratamento do glaucoma de forma gratuita pela Assistência Farmacêutica da SES-TO.
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