O senador Eduardo Girão (Novo-CE) informou, em pronunciamento no Plenário nesta segunda-feira (5), que esteve presente em Curitiba no domingo (4) na manifestação contra a cassação da candidatura do deputado federal DeltanDallagnolpelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Para ele, Dallagnol é vítima de vingança de um sistema que ele classificou como “apodrecido”, existente no país.
—Em vez de reconhecer o trabalho de servidores públicos exemplares, que mudaram, junto com o povo nas ruas, o rumo deste país, dando um sopro de esperança de que quem errou pagasse, seja de qual patente, seja de qual poderio econômico ou político, o sistema reagiu e está indo atrás de um a um— afirmou.
O senador disse que há um aumento daescalada autoritária da censura e da perseguição a empreendedores, jornalistas e conservadores no Brasil. Citou como exemplos a cassação da juíza Selma Arruda, do deputado federal Daniel Silveira e do deputado estadual Fernando Destito Francischini. Além deles, acrescentou a perseguição a Dallagnol que, segundo ele, é “símbolo da perseguição e da injustiça no Brasil”. São esses requintes de incoerências que, de acordo com Girão, estão fazendo esse processo cair no inconsciente coletivo da população brasileira, que não tolera esse tipo de absurdo.
—São 344 mil votos: um desejo genuíno, legítimo de paranaenses que estão sendo violentados por aqueles que estão no TSE [Tribunal Superior Eleitoral], que não têm um voto sequer de ninguém. Uma adivinhação! Deltan Dallagnol está sendo cassado com base numa adivinhação de que ele vai cometer um crime. Um negócio sem pé e sem cabeça; risível, segundo boa parte dos juristas brasileiros. Mas é para dar o exemplo, é para tirar o mandato de um cara que estava incomodando os desejos de ministros do STF que queriam o PL da censura aprovado. Estava incomodando o governo Lula, porque ele foi o líder que montou oshadow minister, que são aqueles ministérios espelhos para fiscalizar o governo Federal— argumentou Girão.
O senadortambém criticou a atuação do Supremo Tribunal Federal (STF), que desrespeita e tenta reverter decisões aprovadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, como a lei sobre as drogas no país e a legalização do aborto.
—É um ativismo judicial flagrante! E o povo brasileiro é contra a descriminalização das drogas! Já está claro em várias pesquisas!”— protestou.
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