Com o objetivo de manter atualizadas as equipes de saúde municipais, a Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) realiza acapacitação em manejo clínico para pacientes com hanseníase, nos dias 22 e 23 de junho, na Universidade Estadual do Tocantins (Unitins), em Palmas. O evento é coordenado pelas equipes da Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS).
O evento irá abordar o diagnóstico, tratamento e acompanhamento dos pacientes, além de repassar informações pertinentes à prevenção desta doença e segundo a técnica da Gerência de Doenças Transmissíveis da SES-TO, Márcia Faria Silva, “o Estado do Tocantins é o segundo do país em taxa de detecção de casos novos de hanseníase e devido a isso necessitamos melhorar e ampliar a rede de atendimentos para tratamento e diagnóstico oportuno. Foram disponibilizadas vagas para médicos, enfermeiros e fisioterapeutas, pessoas responsáveis pelo manejo dos pacientes, na rede municipal de saúde”.
Na última reunião da Comissão Intergestores Bipartite (CIB), realizada, no dia 15 de junho, foi aprovado o projetoRoda Hans: Carreta da Saúde - Hanseníase, uma parceria da SES-TO, com o Ministério da Saúde, que levará aos 139 municípios, uma busca ativa dos pacientes que possuem hanseníase; capacitações e atendimento completo a essa população que precisa do cuidado e oferta de medicamentos.
Hanseníase
A hanseníase é uma doença infecto contagiosa e crônica que pode levar a incapacidades. Acomete principalmente a pele e os nervos periféricos, podendo apresentar como uma doença sistêmica comprometendo articulações, olhos, testículos, gânglios e outros órgãos.
O diagnóstico de caso de hanseníase deve ser realizado na Unidade Básica de Saúde, pelo profissional médico da Estratégia Saúde da Família (ESF), pois ele é essencialmente clínico. O tratamento é ambulatorial e totalmente gratuito sendo realizado no Sistema Único de Saúde (SUS).
Casos
Em 2022, foram diagnosticados 761 novos casos de hanseníase no Tocantins, sendo 47 em menores de 15 anos. Este ano já foram diagnosticados 385 novos casos.
Os diagnósticos são realizados em sua maioria, por testes rápidos, quais tratam de avaliação imunocromatográfico capaz de determinar de forma qualitativa, a presença de anticorposIgM antiMycobacterium lepraeem amostras biológicas de soro, plasma ou sangue total. O resultado é realizado por análise visual, não necessitando de auxílio de outros equipamentos para leitura, devendo ser realizado em tempo inferior ou igual a 20 minutos.
O Tocantins já recebeu do Ministério da Saúde, 764 kits (teste + lanceta), com 3.820 testes rápidos para utilização nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) dos 139 municípios tocantinenses. O material já foi distribuído e as equipes municipais treinadas para a utilização.
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