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Plinio Valério critica gestão da nova diretoria da Eletrobras
Em pronunciamento no Plenário na terça-feira (11), o senador Plínio Valério (PSDB-AM) criticou a nova direção da Eletrobras, empresa que foi recent...
12/07/2023 11h50
Por: Alessandro Ferreira Fonte: Agência Senado
- Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

Em pronunciamento no Plenário na terça-feira (11), o senador Plínio Valério (PSDB-AM) criticou a nova direção da Eletrobras, empresa que foi recentemente privatizada. Na avaliação do senador, segundo o comunicado divulgado pelos novos controladores, haverá um desmonte do setor elétrico, principalmente no estado do Amazonas, que afetará os trabalhadores e consumidores da região.

— Quando se fala em privatização, melhoria da qualidade dos serviços prestados, não se deseja desemprego e, muito menos, queda de qualidade desses serviços. Uma empresa envolvida em privatização não pode ser igualada às chamadas predadoras de mercado, aquelas que assumem o controle de outras para retalhar, ficar com as áreas mais rentáveis e deixar as demais à míngua para fecharem as portas, sem proporcionarem venda de bens e serviços, que não é o caso de privatização. Imagina-se que não haverá pilhagem, mas inovação tecnológica, como exemplo, o que aconteceu com o setor telefônico, em passado recente, que só melhorou — disse.

Para Plínio, a privatização da Eletrobras não teve os resultados esperados, já que a empresa, segundo ele, está preocupada somente em faturar com o desemprego e com o sacrifício dos usuários dos serviços prestados. O parlamentar alertou para a falta de garantia dos direitos trabalhistas dos técnicos que operam na empresa e que garantem o fornecimento de energia a amplas regiões da Amazônia, bem como a falta de garantia de preservação do atendimento às populações que dependem dos serviços dessas unidades para ter energia.

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O senador afirmou também que a empresa aumentou os salários dos diretores "absurdamente", enquanto iniciava um programa de demissão voluntária, acabando com os serviços prestados pela companhia.

— Entregamos a Eletrobras para uma empresa ou para empresas predadoras, que vão acabar com o que existia de bom, e, acima de tudo, o que é pior: vão jogar nas ruas, no limbo, nas sarjetas, nas esquinas, nos becos pais e mães de famílias. É muito fácil: assumem, privatizam, e a primeira medida é demitir, é enxugar, enquanto, desavergonhadamente, passam um aumento para si próprios, egoísta e predador.(...) O mínimo que posso fazer é registrar o meu grito de revolta, porque é revoltante, sim. No momento em que se busca emprego para essa gente, a privatização da Eletrobras só trouxe desemprego — lamentou.

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