O Senador Plínio Valério (PSDB-AM) defendeu mais uma vez, em pronunciamento no Plenário nesta quarta-feira (2), a importância de tomar medidas efetivas para tornar a região Amazônica útil, enfatizando a ameaça representada pelo chamado "imperialismo das nações fortes", que cobiçam a riqueza e o espaço físico da Amazônia. O senador destaca que usou frases do intelectual amazônico e ex-governador do estado, Artur César Ferreira Reis, escritas no livroA Amazônia e a Cobiça Internacionalhá mais de 60 anos, mas que, segundo ele, continuam atuais para questões que envolvem a região.
— Poderia perfeitamente esse discurso ser passado como se fosse meu, porque é atual, é como se eu estivesse vivendo os dias atuais sobre a Amazônia. O livro, de 1957, hoje só tem acesso através da internet. Falava da cobiça internacional, falava do quanto a Amazônia é cobiçada. É isso que estamos falando agora na CPI das ONGs — enfatizou.
O parlamentar destacou também o trabalho da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das ONGs, que investiga a ação de instituições estrangeiras, que, segundo ele, se beneficiam financeiramente da Amazônia. O senador enfatizou que muitas delas não contribuem com a resolução dos problemas enfrentados pelas comunidades locais.
— Essas ONGs são prepotentes, não respeitam o Estado, não respeitam as regras e as leis de um país. Metem-se no meio da mata para dizer ao homem da floresta o que ele deve fazer. Quando me questionam se o Fundo da Amazônia é importante para o país, claro que é importante para o país! A ajuda externa é importante para o país — disse.
O senador voltou a dizer que o objetivo da CPI não é “demonizar” todas as ONGs, mas revelar práticas questionáveis e garantir a transparência nas ações dessas instituições.
— Os indígenas estão dizendo claramente, na CPI: "Cega de tutela, não queremos tutela; queremos pegar as rédeas do nosso destino e comandar o próprio destino" (...) No final da CPI, nós vamos apresentar vários projetos de leis, alguns projetos de resolução, outros projetos (...) para tornar transparente essa transação, que pode ser perfeitamente legal — concluiu.
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