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Vai à Câmara projeto que obriga auditoria externa em barragens
A Comissão de Infraestrutura (CI) aprovou por unanimidade, nesta terça-feira (15), projeto que obriga as empresas de mineração a contratar auditori...
15/08/2023 11h10
Por: Alessandro Ferreira Fonte: Agência Senado
Parecer de relator afirma que engenheiros das mineradoras são competentes, mas subordinados hierarquicamente aos gestores responsáveis pela produção - Foto: Pedro França/Agência Senado

A Comissão de Infraestrutura (CI) aprovou por unanimidade, nesta terça-feira (15), projeto que obriga as empresas de mineração a contratar auditoria externa para validar as inspeções em barragens de rejeitos exigidas pela Política Nacional de Segurança de Barragens. O PL 2.707/2019 , da ex-senadora Rose de Freitas (ES), recebeu parecer favorável do senador Carlos Viana (Podemos-MG) e segue agora para análise na Câmara dos Deputados.O texto foi lido na CI pelo senador Jayme Campos (União-MT), que considerou a medida meritória.

A proposta altera a lei que estabelece a Política Nacional de Segurança de Barragens ( Lei 12.334, de 2010 ), para obrigar as mineradoras a contratarem uma auditoria externa em relação às medidas de segurança em suas operações. Como justificativa para a medida, Rose cita a dificuldade da atuação dos órgãos de fiscalização, como a Agência Nacional de Mineração (ANM) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em verificarem todas as atividades do ramo.

A senadora afirma que a lei a ser alterada já exige do empreendedor uma série de medidas importantes, como a elaboração e atualização do Plano de Segurança da Barragem e um Plano de Ação de Emergência. Contudo, essas providências não foram suficientes para evitar grandes desastres, como os ocorridos em Mariana e Brumadinho.

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“Os desastres de Mariana e Brumadinho, resultantes do rompimento de barragens de rejeitos de mineração, deixaram claro a negligência de mineradoras em relação ao meio ambiente e, sobretudo, às vidas humanas”, destaca Rose.

O relator do projeto considera que, por mais que as equipes internas de engenheiros das mineradoras sejam competentes em seu trabalho técnico, elas continuam subordinadas hierarquicamente aos gestores responsáveis pela produção.

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"Nesse contexto, tornam-se susceptíveis às pressões para reduzir o rigor das inspeções de segurança”, afirma Viana.