O senador Paulo Paim (PT-RS) destacou, em pronunciamento no Plenário nesta terça-feira (15), a realização da 7ª Marcha das Margaridas, marcada para esta quarta-feira (16). O movimento é realizado a cada quatro anos, em homenagem à líder sindical Margarida Alves, assassinada em 1983. O senador ressaltou que o evento deve reunir cerca de 100 mil mulheres em Brasília, para reivindicar políticas públicas de atenção à agricultura familiar, reforma agrária e enfrentamento à violência contra a mulher do campo. Paim lembrou que a história de Margarida, até hoje, serve de inspiração para a luta por direitos.
— Somos todas Margaridas, porque a luta delas é uma luta de todos nós: mulheres negras, quilombolas, indígenas, ribeirinhas, brancas, trabalhadoras do campo, das florestas e das águas, mulheres da pele queimada pelo sol, das mãos calejadas — e elas sabem que estou falando do cabo da enxada —, mulheres que se levantam antes de o sol dar bom dia e deitam somente depois que os filhos estão dormindo — disse.
O senador enfatizou que a luta das Margaridas vai muito além da busca por direitos agrários. O combate à violência doméstica e ao feminicídio tem sido mais uma bandeira levantada pelo movimento de mulheres. O parlamentar destacou também a importância do papel da mulher em todas as esferas da sociedade e do poder.
— O que seria de nós se não fossem vocês? Não podemos mais ignorar a influência poderosa que as mulheres exercem em nossa sociedade [...]. Elas não só têm estado presentes, mas também têm assumido papéis de liderança em várias áreas. Estão liderando esse movimento. Ninguém coloca cem mil mulheres em Brasília, a não ser as próprias mulheres, pelo seu potencial, pela sua garra, pela sua luta, pela sua coragem e pela liderança — concluiu.
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