O senador Sérgio Moro (União-PR), em pronunciamento no Plenário nesta terça-feira (15), parabenizou o povo argentino, que em votação primária no último de semana, deu o maior número de votos ao candidato de direita Javier Milei. Para Moro, a escolha do candidato de oposição expressa o descontentamento com o peronismo. Ele destacou que, embora ainda haja uma nova rodada da eleição em outubro e, caso haja segundo turno, outra em novembro, já está claro que o “populismo de esquerda” no país está com os dias contados.
O senador ressaltou que o resultado da consulta indica a boa aceitação dos dois candidatos de direita, Milei e Patrícia Bullrich, e a insatisfação da população argentina com a inflação alta e empobrecimento, que são alguns dos efeitos de medidas do atual governo.
— Embora esses rótulos sejam bastante complicados, perfilham a direita ou a centro-direita do espectro político e ambos professam uma crença num estado que valoriza a iniciativa privada, uma fé mais liberal, a economia de mercado e, igualmente, um rigor, uma severidade na segurança pública que precisamos fazer, dado, infelizmente, ao avanço a que assistimos, na América Latina, do narcotráfico — disse.
Moro também manifestou o desejo de que a insatisfação do povo argentino com o governo atual sirva de inspiração para que os brasileiros optem por mudanças no futuro.
O senador ainda mencionou o aumento do preço dos combustíveis nesta terça-feira pela Petrobras. Para Moro, isso ocorreu porque a direção da Petrobras decidiu "desafiar a lógica do mercado" e manteve os preços artificialmente reduzidos.
— Embora essa política populista atraia aplausos dos brasileiros num primeiro momento, vinha gerando problemas severos, inclusive para o abastecimento interno brasileiro, já que outros produtores e importadores não tinham condições de praticar os mesmos preços que a Petrobras e, portanto, começaram a deixar de comercializar os seus produtos e de importar o combustível necessário para completar a demanda, para atender a demanda brasileira, e começaram a sofrer. Em postos de todo o Brasil já há o desabastecimento, principalmente do óleo diesel — afirmou.
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