A Capital tem sofrido com as ondas de calor e mesmo com as chuvas nos últimos dias, a umidade do ar continua baixa. Isso significa que há possibilidades de ressecamento da pele, dos olhos, nariz, boca e, em alguns casos, até sangramentos. Mas existem alguns ‘truques’ para refrescar o ambiente e o corpo nesse período. O especialista em medicina tropical da Secretaria Municipal da Saúde (Semus), Alexandre Janotti, dá dicas de como fazê-los.
O primeiro deles é manter o corpo hidratado com muita ingestão de água e líquidos como água de coco, sucos naturais e chás. A recomendação é beber 35 ml de água para cada quilo. “Basta pegar o seu peso e multiplicar por 35, por exemplo, uma pessoa de 70 kg, tem que beber em torno de 2,4 litros de água por dia, no mínimo”, explica Janotti. Criar o hábito de utilizar uma garrafinha pode auxiliar na contabilização da ingestão diária. Ele ainda faz o alerta para evitar fazer caminhadas ou exercícios ao ar livre em horários mais quentes, o ideal é fazer cedinho ou no final do dia, lembrando sempre de se hidratar bem antes e depois da prática de atividade.
O uso do ar condicionado é um excelente aliado nesse período do ano. Para melhorar, pode-se acrescentar um umidificador de ar, toalhas molhadas ou bacias cheias d’água para deixar o ambiente mais úmido. Ter plantas em casa também contribui para o aumento da umidade do ar, isso porque elas transpiram água através das folhas. “Regá-las também pode ser uma ótima maneira para diminuir a sensação de calor”, completa.
Para quem tem crianças em casa, uma maneira bem divertida para se refrescar é tomar banho na piscina ou de mangueira. “Os banhos devem ser frios ou em temperatura morna e o uso de bucha deve ser abolido porque agride a pele, assim como os sabonetes antissépticos”. Após o banho, o médico recomenda ainda o uso do hidratante corporal com a pele ainda úmida, para que o produto seja absorvido e tenha eficácia.
Animais de estimação
Quem também sofre nesse período são os animais de estimação. O veterinário da Unidade de Vigilância e Controle de Zoonoses (UVCZ), Leandro Chaves, alerta que os donos devem, se possível, aumentar o número de vasilhames e fazer a troca frequentemente de água fresca para seus pets. “Os cães de pelagem longa sofrem muito com o calor, fazer a tosa completa e a higiênica vai ajudá-los a passar por esse período com mais qualidade”, frisa.
O local em que eles descansam também deve ser observado pelos tutores. “O ideal é manter os animais em ambientes sombreados e evitar que fiquem presos a paredes que pegam a luz solar por longo período, especialmente à tarde, que é o período mais quente do dia”, ressalta.