Saúde Tocantins
Saúde conscientiza população tocantinense sobre o Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita
Terceiro sábado do mês de outubro é a data escolhida para visibilidade e combate à doença
20/10/2023 17h05
Por: Alessandro Ferreira Fonte: Secom Tocantins
Usar preservativo é o método fundamental para prevenir a sífilis - Foto: André Araújo/Governo do Tocantins

A Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) chama a atenção da população tocantinense para oDia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita, celebrado neste dia 21, terceiro sábado do mês de outubro. A data foi instituída para enfatizar a importância do diagnóstico, do tratamento adequado e do combate à doença.

A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) exclusiva do ser humano, é silenciosa e pode levar à morte. Causada pela bactériaTreponema Pallidum, pode ser adquirida por relação sexual sem camisinha e contato direto com sangue contaminado. Também pode ser transmitida durante a gestação ou o parto do bebê, é a chamada sífilis congênita.

Segundo dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), entre janeiro a setembro de 2023, no Tocantins, foram registrados 687 casos de sífilis em gestantes, 300 casos de sífilis congênita e 1.549 casos de sífilis adquirida. Em todo o ano de 2022, foram confirmados 739 casos de sífilis em gestantes, 258 casos de sífilis congênita e 1.563 casos de sífilis adquirida.

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“Apesar de ser uma doença que tem cura e do tratamento estar disponível gratuitamente no SUS [Sistema Único de Saúde], os dados acendem um alerta e demandam atenção dos serviços de saúde. Por isso, a Secretaria de Estado da Saúde realiza ações de monitoramento e campanhas anuais de conscientização para a população e profissionais sobre os cuidados, prevenção, tratamento e combate à doença”, afirmou a enfermeira da Área Técnica das (ISTs, HIV e Aids) e Hepatites Virais da SES-TO, Hellen Maria Araújo.

Estágios da doença

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A sífilis é caracterizada por estágios: na fase primária, surge uma ferida indolor no local de entrada da bactéria, aparece entre dez e 90 dias após o contágio e desaparece sem intervenção; na fase secundária, entre seis semanas e seis meses de cicatrização da ferida, podem surgir manchas no corpo que desaparecem em algumas semanas, com febre e mal-estar.

Depois, surge o período de latência, que é quando a pessoa não apresenta nenhum sintoma. É altamente perigoso, porque o infectado não sabe que está contagiando outras pessoas. A terceira fase é quando não é tratada ou tratada incorretamente, pode surgir entre dois a 40 anos após o contágio. Os sintomas são lesões ósseas e cutâneas, compromete também o sistema nervoso e cardiovascular, podendo levar à morte.

Prevenção e tratamento

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Utilizar preservativo masculino ou feminino é o método fundamental para prevenir a sífilis. Fazer regularmente o teste rápido na Unidade Básica de Saúde (UBS) é muito importante, principalmente para pessoas que fizeram relações sexuais sem camisinha.

O pré-natal na gravidez evita a transmissão da sífilis para o bebê; na assistência, é feito o diagnóstico e a grávida recebe o tratamento. É muito importante que o parceiro também faça o teste e o tratamento, porque pessoas curadas podem contrair novamente a doença.

O acesso ao tratamento da sífilis é totalmente gratuito pelo Sistema Único de Saúde, o teste é rápido, o resultado sai em 30 minutos. O processo de cura é iniciado com antibiótico e a dosagem varia conforme o estágio do paciente.