Durante um relacionamento, é comum que a intensidade do desejo sexual varie e diminua com o tempo. Essas flutuações podem estar associadas a diversos fatores e um deles é a ação dos hormônios no organismo. Compreender como essas alterações podem influenciar a libido é essencial para os casais enfrentarem os desafios e encontrarem soluções para manter uma vida sexual ativa e saudável.
Priscila Mangueira, médica ginecologista e especialista em reposição hormonal, explica que os hormônios, substâncias químicas produzidas pelo corpo, desempenham um papel fundamental na regulação do desejo sexual.
“É necessário ressaltar que, durante certos períodos da vida, como na adolescência, na gravidez, no pós-parto e na menopausa, ocorrem mudanças hormonais significativas que podem impactar diretamente a libido do casal”, conta a especialista.
No início de um relacionamento, quando a paixão está em alta, os níveis de hormônios, como a testosterona e estrogênio, responsáveis pelo desejo sexual em ambos os sexos, costumam ser mais elevados. Entretanto, com o passar do tempo, é comum que esses índices diminuam, o que pode resultar em uma redução do desejo.
Buscando ajuda
Com o passar dos anos, os fatores que envolvem a rotina do casamento e a própria idade vão diminuindo a produção hormonal. “O estresse também é um importante fator para queda hormonal. Os homens são mais resistentes para falarem do assunto, enquanto as mulheres se culpam mais pela redução da atividade sexual no casamento”, comenta Priscila.
A especialista explica que existem soluções para lidar com as alterações hormonais e manter a chama acesa no relacionamento.
“Além da comunicação aberta e franca entre o casal, a reposição hormonal é um excelente recurso para apimentar a relação e melhorar a disposição e ânimo na vida dos dois”, enfatiza Priscila.
Ainda de acordo com a médica, o tratamento é pouco divulgado porque normalizou-se a perda de libido ao longo dos anos. “A rotina sexual é um fator de grande importância para os casais e temos que usar os recursos tecnológicos que os avanços científicos nos trazem”, finalizou.
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