Para manter o compromisso da conscientização e prevenção contra a malária em todo o território tocantinense, a Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) celebra nesta segunda-feira, 6, o Dia da Malária nas Américas. A data simbólica foi criada pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e visa estimular nos órgãos de saúde e população, à divulgação de ações de vigilância, controle e eliminação da doença, despertando nas comunidades, profissionais e gestores, uma relevância sobre a doença que continua a acometer a população.
Com o temaAlcançar zero maláriaa equipe da SES-TO, pretende debater assuntos relacionados à doença, sua forma de transmissão, sintomas, diagnóstico, tratamento, recomendações, além do combate à malária. A preocupação é válida, tendo em vista que após três anos consecutivos sem ocorrências de casos autóctones de malária (pessoas infectadas dentro do seu território), o Tocantins já registrou 28 casos, sendo destes 6 casos autóctones encontrados nos municípios de Almas, Conceição do Tocantins e Porto Nacional. Os registros foram realizados nos meses de maio e junho deste ano.
E para acompanhar e eliminar a transmissão, a SES-TO tem trabalhado um plano de eliminação da doença, com ações voltadas principalmente para os municípios prioritários, auxiliando inclusive, na elaboração dos planos municipais de eliminação da malária com foco na capacitação dos profissionais da saúde e o fortalecimento das ações de vigilância e controle da doença.
“A SES-TO tem tido uma grande preocupação com risco de reintrodução da doença no Estado, e por isso, definiu que todos os casos suspeitos de malária devem ser notificados em até 24 horas. Além disso, temos acompanhado pelo sistema de informação e planilha de casos, todos os pacientes que foram notificados e estão sendo atendidos pelas equipes de saúde dos municípios através das lâminas de verificação de cura, pois, o principal objetivo dessa ação é impedir que pessoas apresentem recaídas da doença e não estejam acompanhadas e acabe sendo fonte de infecção”, destacou o biólogo e técnico da área da Malária da SES-TO, Marco Aurélio de Oliveira Martins.
Para ajudar no processo de prevenção, o trabalho de apoio da população é essencial. “A população deve se ater aos meios de prevenção para evitar o adoecimento. E por isso, sempre que precisarem se deslocar para áreas com risco de transmissão, precisam: usar mosquiteiros; roupas que protejam pernas e braços; e usar repelentes. Além disso, caso tenham se deslocado para área com transmissão e apresente sintomas da malária devem procurar imediatamente o serviço de saúde para obtenção de diagnóstico e tratamento, se for o caso, pois assim a pessoa deixar é de ser uma fonte de infecção e não teremos a reintrodução da doença”, acrescentou o biólogo.
Doença
A malária é uma infecção febril aguda, causada pelo parasita Plasmodium, transmitida através da picada da fêmea do mosquito Anofelino (mosquito-prego). Os sintomas mais comuns são: febre alta, calafrios, tremores, muito suor, dor de cabeça e dor no corpo. Muitas pessoas, antes de apresentarem estas manifestações mais características, sentem náuseas, vômitos, cansaço e falta de apetite.
Prevenção
Se você estiver com sintomas, procure o serviço de saúde, faça o diagnóstico e realize o tratamento completo para evitar gravidade ou óbito. O diagnóstico e o tratamento são gratuitos e disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS).
Caso você more ou se desloque para locais com risco de transmissão, use as medidas de prevenção individual: uso de mosquiteiros, roupas que protejam pernas e braços, telas em portas e janelas, uso de repelentes à base de DEET ou icaridina.
Evite entrar em matas, lagos e rios logo ao amanhecer e ao entardecer, horários em que o mosquito da malária se alimenta.