Justiça TRIBUNAL DO JÚRI
Acusado de estuprar e matar ex-namorada em Palmas será julgado nesta quinta-feira, 18
Kalebe José Neres confessou ter estuprado e assassinado a ex-namorada Emili Nunes Araújo, por não aceitar o fim do relacionamento. O crime aconteceu em outubro de 2022.
18/04/2024 12h25
Por: Alessandro Ferreira Fonte: Redação / Agência Tocantins
Kalebe José Neres foi preso suspeito do crime — Foto: Divulgação

Está sendo julgado no Tribunal do Júri no Fórum de Palmas, Kalebe José Neres, de 21 anos, acusado de sequestrar, estuprar e matar a ex-namorada Emili Nunes Araújo, 20 anos. A sessão com o início do julgamento teve início às 08h da manhã desta quinta-feira, 18. De acordo com informações apuradas pela reportagem da Agência Tocantins, depois do estupro seguido do homicídio, o Kalebe ligou para o número 190 da Polícia Militar para confessar e informar onde escondeu o corpo da jovem.

Após confessar o crime, durante a ligação no 190 da PMTO, o réu foi localizado e preso escondido em uma casa de propriedade dos seus pais no Jardim Aureny IV, na região sul da capital.

O crime aconteceu no dia 24 de outubro de 2022. Na época, as polícias Civil e Militar informaram que ao confessar com detalhes como teria assassinado a ex-namorada, Kalebe afirmou que não aceitava o fim do relacionamento, e que estuprou e matou a vítima a facadas. Também teria asfixiado Emili para 'garantir' que ela estaria morta.

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ocal onde o corpo da vítima foi encontrado em Palmas — Foto: PM/Divulgação

 

Relembre o caso

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A vítima foi sequestrada por volta das 11h da manhã na porta de casa e levada para a área de mata, onde foi estuprada e morta com vários golpes de faca. Após cometer o crime com requintes de crueldade, ele jogou o corpo da jovem em um barranco nas proximidades do ribeirão Taquarussu Grande e ainda teria limpado o carro para tirar todos os vestígios de sangue e descartado a faca e o celular da ex-namorada.

Depois do assassinato, ligou para o Sistema de Operações Integradas (SIOP) para dizer onde estava o corpo e confessou. "Eu cometi o ato", disse ele na ligação.

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"Eu queria fazer uma denúncia anônima. Sabe esses acessos entre a praia do Sol e o balneário DNA? Próximo a avenida parque com a LO-31, tem uma rotatória. Foi informado que foi encontrado o corpo de uma moça lá", diz um trecho da gravação

“Ela vai estar lá embaixo naquelas entradas alternativas. É um local que é mais alto um pouco, ela tá lá. Ela está de calça, cabelo preto e um top laranja”, disse. 

O atendente pergunta se havia mais alguma informação relevante e o suspeito faz um pedido à polícia. 

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"E aí eu gostaria só que vocês procurassem direitinho porque ela está mais embaixo. Tem uns buracos e ela tá meio que lá dentro".

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O corpo da vítima foi localizado por volta das 02h da madrugada em uma área de mata nas proximidades de uma universidade particular localizada na Avenida Teotônio Segurado, na região sul do Plano Diretor da Capital.

A vítima identificada Emili Nunes Araújo, 20 anos, foi brutalmente assassinada a golpes de faca após ter sido violentada sexualmente pelo ex-namorado identificado como Kalebe José Neres, 20 anos. Ainda segundo apurou a reportagem, ele confessou à Polícia que cometeu o crime por não aceitar o fim do relacionamento e que a intenção do mesmo era assassinar o atual namorado da jovem.

Emili foi brutalmente assassinada após ser violentada sexualmente pelo ex-namorado – Foto: Perfil Instagram

 

De posse das informações e através do número do telefone, os policiais militares com apoio dos investigadores da 1ª Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa – 1ª DHPP conseguiram localizar e prender Kalebe em uma casa que pertence a sua família. Após ser preso, Kalebe confessou a autoria do feminicídio e em seguida foi levado para a sede da DHPP onde em depoimento ao delegado Eduardo Menezes, deu detalhes sobre o crime.

Na delegacia, Kalebe foi autuado em flagrante pelos crimes de estupro,  feminicídio e ocultação de cadáver. Após a realização dos procedimentos cabíveis em lei, o réu foi colocado à disposição do poder judiciário na carceragem da Unidade Penal Regional de Palmas - UPRP. 

 
 
 
 
 
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Reportagem: Alessandro Ferreira / Agência Tocantins