A Polícia Penal do Tocantins está participando na preparação da maior feira agrotecnológica da região norte do País, a 24ª edição da Agrotins. O Parque Engenheiro Agrônomo Mauro Medanha, que sedia a exposição, está sendo organizado com infraestrutura adequada para receber os stands e visitantes, e conta com a mão de obra de custodiados do Sistema Penal.
Os serviços são executados por dez internos da Unidade Penal de Porto Nacional escoltados por policiais penais. O trabalho teve início em março e vai até o dia 11 de maio, véspera da abertura da Feira, cujo tema deste ano será Bioeconomia.
Mão de obra de custodiados
As atividades realizadas vão desde serralheria, encanamento, capina e até plantio, sob a supervisão de um agrônomo da Secretaria Estadual de Agricultura (Seagro).
Além da socialização, os presos têm outros benefícios, como a aquisição de conhecimentos por meio das informações técnicas repassadas pelos agrônomos, e a redução da pena, que contabiliza um dia de remição a cada três dias trabalhados, como explicou o policial penal que atua na gerência de Reintegração Social, Trabalho e Renda do Preso e Egresso, Norton Netto.
“Todos são beneficiados com o conhecimento, pois eles têm a troca de informações junto com um agrônomo. Eles fizeram, por exemplo, uma plantação de sorgo com acompanhamento e orientação quanto ao espaçamento e à quantidade de adubo. Assim como foram ensinados a maneira correta de se podar uma árvore, sem falar no quesito da ressocialização, já que eles podem conversar e tirar dúvidas”, explicou.
Produtos expostos pela Polícia Penal
De acordo com informações da Seagro, no parque estão sendo construídos 118,5 mil m², incluindo duas avenidas, seis ruas, oito travessias e um pátio na beira do lago. A Secretaria de Cidadania de Justiça (Seciju), por meio da Superintendência de Administração dos Sistemas Penitenciário e Prisional, terá um stand no Pavilhão da Secretaria da Indústria, Comércio e Serviço (SICS), que buscará Acordos de Cooperação com Órgãos Públicos e Empresas Privadas.
“Serão expostos artefatos de concretos produzidos nas diversas unidades penais como blocos intertravados para calçamento, vasos de plantas, tábuas de carne produzidas em Tocantinópolis, e os bonecos amigurumi confeccionados nas unidades femininas. Enfim, as unidades trarão algo em especial para essa exposição, acrescentou Norton.