Cidades Palmas - TO
Visitação a ‘Novos Rumos; Em Passagem’ segue até 3 de junho na Galeria Municipal de Artes
A abertura da nova exposição do artista visual Marcos Dutra foi realizada nesta sexta-feira, 09
13/05/2024 16h15
Por: Alessandro Ferreira Fonte: Prefeitura de Palmas - TO

O público tem até o dia 3 de junho para conferir o trabalho do artista visual , Marcos Dutra, em sua mais recente exposição ‘Novos rumos; em passagem’, que acontece na Galeria Municipal de Artes, no Espaço Cultural José Gomes Sobrinho, de segunda à sexta-feira, das 8h às 19h, com visitação gratuita. 

A abertura oficial foi realizada nesta sexta-feira, 9, e contou com performance especial do artista, que na exposição revisita sua história e apresenta novos elementos à sua vasta carreira iniciada no começo dos anos 1990 em Pequizeiro-TO. A curadoria é de Elsa Elvas. “Nós ficamos felizes em ter este espaço ocupado por nossos artistas, por quem nos faz lembrar das nossas origens, é muito gratificante receber essa exposição que para nós é cheia de significados”, afirmou a secretária-executiva da Fundação Cultural de Palmas, Euzeni Grimm.

Em ‘Novos rumos; em passagem’, Marcos Dutra apresenta telas e esculturas que, em sua essência, expõem a transição dos elementos para um novo rumo ou passagem para novos usos. O material utilizado em suas telas, vai do barro característico em suas pinturas aos objetos e ferramentas úteis do cotidiano, a exemplo das mãos de pilão ou de uma carretilha, que são resignificados e transformados em arte. “O estágio mutacional que prepara, algo gestacional onde paira nas origens, morre e depois germina. Passagem é renascimento, é uma neo-existência, o que precisa transformar para enfim tomar um novo corpo com novos significados”, reflete a curadora, Elsa Elvas. 

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Identidade artística

“Eu sempre quis trabalhar a arte, o meu trabalho, com material que já existe, que já passou por algum momento na vida de alguém. Essa exposição mostra justamente isso, é um material que já foi usado, que já existe, mas com uma forma diferente de uso. É a forma como coloco ele na tela, no ferro, na escultura”, explica Dutra. O artista conta também que seu trabalho reflete sua história, de artista pobre do interior, que optava por usar pigmentos naturais para não gastar com tintas, até o processo de se reconhecer como artista negro, o que ocorreu quando participou de uma exposição do Museu Afro-Brasil. “ Desde 2013, quando eu participei de uma exposição no Museu Afro-Brasil, com curadoria do Emmanuel Araújo, que ele defendeu muito essa questão do negro, da arte negra, que eu entendi mais a minha arte nesse contexto”, afirma. 

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Artista

Marcos Dutra é natural de Pequizeiro (TO). Atualmente residente em Palmas. Como artista trabalha desde 1992, participando de diversas exposições coletivas e individuais no Brasil e exterior. 

Sua formação artística se deu através de leituras, experimentações e participação em oficinas. Em 2005, participou como representante do estado do Tocantins, no projeto ano do Brasil na França. Em 2007 e 2009 participou do projeto “Artistas Brasileiros” no Senado Federal, Brasília (DF). Já em 2008 participou do XIII Circuito Internacional de Arte Brasileira na Polônia, Alemanha e Áustria. Em 2009 participou com a instalação “O Pão Nosso de cada dia”, percorrendo as capitais dos Estados que constituem a Amazônia Legal, através do Projeto “Sesc – Amazônia das Artes”. Em 2013, Marcos Dutra participou da exposição “A Nova Mão Afro-Brasileira” no Museu Afro-Brasil, convidado por Emanoel Araújo. Em 2014, Marcos Dutra participou com performance do “Convergência – 2014” – Mostra de Performance Arte do Sesc – Palmas – TO. Em 2021, participação na exposição Carolina Maria de Jesus (Um Brasil para os Brasileiros), no Instituto Moreira Sales, São Paulo (SP), em 2022 no Museu de Arte do Rio, em 2023 na Exposição dos Brasis Arte e Pensamento Negro, Sesc Belenzinho São Paulo (SP). 

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Sua produção artística abrange desde objetos, instalações, pinturas, esculturas, desenhos, intervenções urbanas e performance. Em suas obras detêm-se conceitualmente nas questões sociais, memórias de sua infância, mesclando com elementos da sua cultura amazônica.