Para discutir ações de redução da mortalidade materna e promover políticas públicas de assistência e acolhimento que garantam o bem-estar materno, infantil e fetal, a Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) realiza no auditório do Palácio do Araguaia Governador José Wilson Siqueira Campos, nesta terça-feira, 28, das 8 às 17 horas, o2° Encontro Estadual em Alusão à Redução da Mortalidade Materna.
O encontro em alusão aoDia Nacional de Redução de Mortalidade Materna, comemorado anualmente no dia 28 de maio, é promovido pelo Comitê Estadual de Prevenção do Óbito Materno Fetal e Infantil (Cepomfi) e por áreas técnicas de Saúde da Mulher e Rede Cegonha da SES-TO.
O superintendente de Políticas de Atenção à Saúde da SES-TO, Robson José da Silva, afirmou que a mortalidade materna é um desafio da saúde pública no Estado. “A redução da mortalidade materna é um desafio para a Secretaria de Estado da Saúde e secretarias municipais. Por isso, a relevância de se discutir políticas públicas e envolver todos os atores para que efetivamente possamos alcançar resultados que beneficiem nossa população”, destaca.
“A SES-TO tem trabalhado, de uma forma coordenada e integrada com a Vigilância em Saúde, para a diminuição desse agravo e, dentro deste contexto, a atuação do Cepomfi é muito importante. Assim, nós estudamos a investigação dos óbitos maternos e infantis e esse estudo faz com que o comitê possa propor recomendações que são passadas a todos os municípios. Sabemos que temos muito para avançar, mas temos buscado conjuntamente a diminuição desses índices”, explica a diretora de Atenção Primária, Cleidimar Rodrigues Soares.
A presidente do Cepomfi, Jailza da Rocha Guedes, ressalta que o encontro é um evento estratégico. "O objetivo maior é identificar quais são as causas evitáveis à mortalidade a fim da promover ações estratégicas para a redução e a prevenção desses casos. Uma das estratégias que trouxemos para discussão é o fortalecimento e a criação dos comitês dentro dos municípios como instrumento de avaliação e planejamento para que essa redução seja alcançada”, reforça.
“Este evento é muito importante, porque a mortalidade materna é um dos indicadores de saúde que dizem respeito à qualidade do serviço ofertado na rede de saúde e a prevenção desse agravo começa na Atenção Primária. Então, participar de um evento que busque a redução de mortes, principalmente aquelas que são evitáveis para o fortalecimento na qualidade dos serviços ofertados, tanto pela atenção primária, à atenção especializada ou terciária, é uma experiência enriquecedora”, ressalta o coordenador da Rede Materna Infantil do município de Palmas, Willame Ribeiro.
Dados
Em 2023, foram registrados 14 óbitos maternos, uma redução de 30% em relação a 2022, tendo como principais causas: doenças cardiovasculares e hematológicas (hipertensão, pré-eclâmpsia, distúrbios de coagulação e anemia falciforme) com 53,8%; a segunda maior causa, com 23,1%, é a das causas infecciosas. A maioria das causas para a mortalidade materna podem ser consideradas evitáveis.
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