Nesta sexta-feira, 21, o Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) recebeu uma caminhonete adquirida com recursos do Fundo Ambiental Global (GEF, da sigla em inglês para Global Environment Facility), que será utilizada em atividades do Plano de Ação para Conservação de Espécies Ameaçadas do Território Cerrado Tocantins (PAT Cerrado Tocantins).

Nos últimos meses, o Naturatins teve aumento importante nas atividades de coletas de organismos no âmbito do Plano. A fim de dinamizar estas atividades, foi solicitado pela coordenação do PAT e aprovado, no Plano Orçamentário Anual (POA) do ano de 2023 pelo Comitê Executivo do Pró-Espécies, a aquisição de um veículo para dinamizar a logística dos pesquisadores do Naturatins e de instituições participantes.

Entre as ações executadas, no âmbito do PAT Cerrado Tocantins, pela Gerência de Pesquisa e Informações da Biodiversidade (GPIB), do Naturatins, destacam-se a realização de campanhas de campo para levantamento da ocorrência das espécies ameaçadas de extinção e coleta, multiplicação e reintrodução ex-situ de espécies ameaçadas de extinção.

O biólogo Oscar Vitorino detalha que, com estas ações, o órgão ambiental busca subsidiar trabalhos de avaliação de risco de extinção e principalmente de conservação destas espécies, avaliadas como em risco de extinção de acordo com a lista oficial de espécies ameaçadas de extinção publicada pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA).

PAT Cerrado

O PAT Cerrado Tocantins abrange uma área de 37 mil km² que envolve 22 municípios. O plano surge como parte integrante do Projeto Pró-Espécies: Todos contra a extinção. Sob a coordenação do Naturatins, o PAT busca implementar medidas de prevenção, manejo e gestão para reduzir as ameaças e riscos de extinção das espécies na região.

Projeto Pró-Espécies

Coordenado pelo Governo Federal, por meio do MMA, o Pró-Espécies é financiado pelo GEF. A agência implementadora é o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio). O WWF-Brasil, selecionado para atuar como a agência executora, é responsável pela execução técnica e financeira dos recursos do projeto.

O projeto trabalha em conjunto no Maranhão, Bahia, Pará, Amazonas, Tocantins, Goiás, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo para desenvolver estratégias de conservação em 24 territórios e prioriza a integração da União e Estados na implementação de políticas públicas, assim como impulsionar iniciativas para reduzir as ameaças e melhorar o estado de conservação de espécies categorizadas como Criticamente em Perigo (CR) e que não contam com nenhum instrumento de conservação.