Apesar de não haver mandados de prisão no âmbito da Operação Fames-19, a Polícia Federal (PF) prendeu nesta quarta-feira, 21, o empresário Joseph Madeira, um dos 40 investigados do caso. O motivo foi obstrução de Justiça, já que o empresário não entregou o celular à PF porque, segundo seu advogado Antônio Ianowich Filho, o aparelho não estava com ele.

Ianowich comentou sobre o episódio à Coluna do CT com graves duras ao delegado Daniel César do Vale. “Em total despreparo e abuso de autoridade [Vale] transferiu sua incompetência, deu voz de prisão ilegalmente, em claro crime de abuso de autoridade, e visando mascarar a sua incompetência e inexperiência”, disparou o advogado.

DEFESA IRÁ BUSCAR RESPONSABILIZAÇÃO DE DELEGADO

Antonio Ianowich destacou que o mandato é claro ao especificar que cabe ao delegado apreender o que encontrasse, e o celular, reforçou, não estava com Joseph. O advogado continuou às críticas ao afirmar que Joseph Madeira não estava na residência no momento da operação, mas mesmo assim se deslocou para o local acompanhado dos advogados. “Em clara demonstração de responsabilidade e disposição em colaborar”, argumentou. O aparelho estava em posse dos profissionais responsáveis pela defesa do empresário, que se comprometeram a entregar o aparelho às autoridades judiciárias. “Temos a certeza que a arbitrariedade do delegado que demonstrou despreparo e desprezo aos direitos constitucionais serão prontamente corrigidos pelo Judiciário e tomaremos todas as medidas para responsabilizá-lo pelos abusos cometidos”, encerra ainda.